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Cientistas passaram 10 anos investigando superbactéria, mas IA do Google resolve mistério em 48 horas.

Cientistas passaram 10 anos investigando superbactéria, mas IA do Google resolve mistério em 48 horas.

25/02/2025 às 18h01
Por: Redação Fonte: IGN Brasil
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Cientistas passaram 10 anos investigando superbactéria, mas IA do Google resolve mistério em 48 horas.

Cientistas passaram 10 anos investigando superbactéria, mas IA do Google resolve mistério em 48 horas.

 

Uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pelo Google resolveu, em apenas 48 horas, um problema que cientistas do Imperial College London levaram uma década para responder.

O sistema, chamado "co-scientist", confirmou a hipótese dos pesquisadores sobre a resistência de algumas superbactérias a antibóticos e ainda sugeriu quatro outras soluções plausíveis, uma das quais nunca havia sido considerada pela equipe.

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Um enigma de uma década resolvido em dois dias

O professor José R. Penadés e sua equipe passaram os últimos dez anos estudando o motivo pelo qual certas superbactérias são imunes a antibóticos. Eles decidiram testar o co-scientist, fornecendo um prompt direto sobre o problema. Para surpresa geral, a IA chegou à mesma conclusão da equipe em apenas dois dias.

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O resultado foi tão impressionante que Penadés questionou se a IA havia encontrado a resposta na internet ou acessado documentos internos. No entanto, o estudo nunca havia sido publicado, e o Google garantiu que sua ferramenta não teve acesso a arquivos privados.

A hipótese confirmada pelo co-scientist sugere que certas superbactérias criam uma estrutura semelhante a uma cauda que lhes permite se mover entre diferentes espécies, funcionando como uma "chave mestra" para a transmissão. Além disso, a IA gerou outras quatro explicações, todas consideradas válidas pelos pesquisadores, que agora estão investigando uma delas com mais profundidade.

O impacto da IA na pesquisa científica

O co-sicentist é um sistema baseado no modelo Gemini 2.0, criado pelo Google para atuar como colaborador virtual em pesquisas científicas e biomédicas.

Ele permite acelerar processos de descoberta ao formular hipóteses e gerar novas propostas de pesquisa. Instituições interessadas em utilizar a ferramenta podem se candidatar ao programa de testes do Google.

O uso de IA na ciência levanta debates sobre o impacto na profissão de pesquisadores. No entanto, Penadés acredita que o benefício de contar com uma ferramenta tão poderosa supera qualquer receio. "Isso vai mudar a ciência, definitivamente.

Sinto como se estivesse finalmente jogando uma partida da Liga dos Campeões com essa tecnologia", afirmou.

A descoberta também coincide com o lançamento do Evo 2, o maior modelo de IA orientado à biologia até o momento. Desenvolvido por um consórcio de pesquisadores de Berkeley, Stanford, Arc Institute, UCSF e NVIDIA, o modelo foi treinado com 9,3 trilhões de nucleotídeos extraídos de 128.000 genomas completos.

A expectativa é que o Evo 2 possibilite avanços sem precedentes na previsão de mutações genéticas e na compreensão de doenças.

O caso do co-scientist reforça como a inteligência artificial pode se tornar uma aliada essencial na pesquisa científica, permitindo descobertas rápidas e abrindo novas frentes de investigação que antes levariam anos para serem exploradas.

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