Probabilidade de impacto caiu de 3,1% para 0,004%, mas técnicas como impacto cinético e explosivos nucleares são estudadas para casos futuros.
Recentemente, o asteroide 2024 YR4 gerou preocupação ao apresentar um risco de colisão com a Terra que chegou a 3,1% para o ano de 2032.
Entretanto, essa probabilidade diminuiu drasticamente, passando para apenas 0,004%, conforme anunciado no último dia 25. A expectativa é que o asteroide passe entre a Terra e a Lua sem causar qualquer impacto, levando à sua reclassificação como nível 1 na escala Torino, o que indica que a colisão é extremamente improvável.
No entanto, a incerteza sobre a trajetória de asteroides perigosos continua a ser uma questão relevante. Caso se confirme um cenário de colisão iminente, quais seriam as alternativas disponíveis para a humanidade?
Cientistas identificaram três principais técnicas de deflexão de asteroides. A mais avançada é o método do “impacto cinético”, que já foi testado pela missão Dart da NASA em 2022.
Durante essa missão, uma nave colidiu com o asteroide Dimorfo com o objetivo de alterar sua trajetória. O sucesso do teste demonstrou que um impacto pode ser eficaz na alteração do curso de um asteroide, mesmo que ligeiramente.
A eficácia dessa técnica depende diretamente do tempo disponível entre a detecção do asteroide e o momento previsto da colisão. Quanto maior for esse intervalo, maiores são as chances de uma intervenção bem-sucedida.
Os resultados obtidos pela missão Dart foram animadores e indicam que, caso uma missão semelhante fosse lançada com tempo suficiente para desviar um objeto como o 2024 YR4 (que possui entre 40 e 90 metros de diâmetro), haveria uma possibilidade real de sucesso.
Além do tamanho do asteroide, outro fator crítico é o tempo de aviso prévio. Se o 2024 YR4 estivesse programado para colidir com a Terra em breve, as opções de desvio seriam limitadas.
Para asteroides maiores que cem metros, uma abordagem mais drástica poderia ser considerada: o uso de explosivos nucleares.
Essa técnica ainda não foi testada devido às proibições internacionais sobre armas nucleares no espaço, mas envolve enviar uma nave ao asteroide para detonar uma ogiva com o intuito de alterar sua trajetória ou fragmentá-lo.
Embora essa abordagem tenha sido discutida por décadas, sua implementação em situações extremas pode resultar em consequências indesejadas, como a fragmentação do asteroide em múltiplos corpos menores que ainda poderiam atingir a Terra.
Uma terceira técnica estudada são os tratores gravitacionais. Nesse método, uma espaçonave é posicionada próxima ao asteroide e utiliza sua própria gravidade para desviar lentamente seu curso. Embora essa técnica seja menos potente e aplicável apenas a asteroides menores com longos períodos de aviso prévio, ela é considerada uma abordagem segura.
Além dessas três metodologias consolidadas, há especulações sobre outras estratégias potenciais, como a instalação de propulsores nos asteroides ou a pintura das superfícies deles para aumentar seu brilho e refletir mais luz solar, provocando alterações em suas órbitas. Contudo, essas ideias permanecem além das capacidades técnicas atuais.
Em resumo, as opções disponíveis para mitigar a ameaça dos asteroides são limitadas e complexas.
No entanto, é encorajador saber que existem medidas que podem ser adotadas para lidar com essa constante ameaça espacial. Monitorar esses objetos celestes permite à humanidade se preparar adequadamente e realizar intervenções quando necessário. Ao contrário dos dinossauros há 66 milhões de anos, hoje existe um potencial significativo para evitar catástrofes através da ciência e da tecnologia.
Mín. 21° Máx. 29°
Mín. 21° Máx. 32°
Parcialmente nubladoMín. 20° Máx. 33°
Tempo limpo