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STF toma decisão sobre o imposto de partilha.

STF toma decisão sobre o imposto de partilha.

26/04/2025 às 18h49
Por: Redação Fonte: Agência O Antagonista
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STF toma decisão sobre o imposto de partilha.

STF toma decisão sobre o imposto de partilha.

 

Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão significativa em relação à partilha amigável de bens.

Em abril de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa em relação à partilha amigável de bens.

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O tribunal decidiu que a homologação desse tipo de partilha pode ocorrer sem o pagamento prévio do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).

Essa decisão foi tomada durante um julgamento virtual e tem implicações importantes para herdeiros que optam por um procedimento simplificado de partilha.

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A questão foi levantada por uma ação movida em 2018 pelo então governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Ele contestou o parágrafo 2º do artigo 659 do Código de Processo Civil, que permite a homologação da partilha amigável sem a quitação prévia do ITCMD.

A norma foi defendida como uma forma de facilitar o processo de partilha quando há consenso entre os herdeiros.

Com informações do Conjur.

Qual é o impacto da decisão sobre o ITCMD?

A decisão do STF valida uma regra que já havia sido reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça em 2022. Naquela ocasião, o tribunal decidiu que o pagamento do ITCMD poderia ser postergado até o final do processo judicial.

O ministro André Mendonça, relator do caso no STF, destacou que a norma não trata de garantias ou privilégios do crédito tributário, mas sim de um procedimento necessário para a partilha de bens e direitos herdados.

O argumento central do relator foi que a norma não viola a isonomia tributária, pois não trata de incidência de imposto ou de contribuintes em situação equivalente.

Trata-se de um procedimento de natureza sumária, destinado a agilizar o processo de partilha quando há acordo entre os herdeiros.

STF toma decisão sobre o imposto de partilha
STF toma decisão sobre o imposto de partilha. Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Como a decisão do STF afeta os herdeiros?

Para os herdeiros, a decisão do STF representa uma simplificação no processo de partilha de bens.

Ao permitir que a homologação ocorra sem o pagamento imediato do ITCMD, o tribunal facilita a resolução de conflitos e promove a razoável duração do processo. Isso é especialmente benéfico em casos onde todos os herdeiros estão de acordo sobre a divisão dos bens.

Além disso, a decisão reforça a importância da consensualidade na composição de conflitos, permitindo que os herdeiros resolvam suas questões de forma mais rápida e eficiente.

A norma impugnada foi considerada legítima e de estatura constitucional, promovendo um procedimento diferenciado e expedito entre partes herdeiras capazes de chegar a um acordo.

Quais são as implicações futuras da decisão?

As implicações futuras da decisão do STF são significativas. Ela estabelece um precedente importante para casos de partilha amigável, incentivando herdeiros a buscar acordos consensuais.

Além disso, a decisão pode influenciar futuras interpretações jurídicas sobre a aplicação do ITCMD em processos de partilha.

Em última análise, a decisão do STF promove a eficiência e a celeridade nos processos de partilha, ao mesmo tempo em que respeita os princípios constitucionais de razoável duração do processo e consensualidade.

Isso pode levar a uma maior harmonização nos procedimentos de partilha de bens, beneficiando tanto os herdeiros quanto o sistema judiciário como um todo.

 

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