Segundo relatos da irmã, que não teve nome revelado, Gutto contraiu o vírus no fim do ano passado, mas preferiu manter a doença em sigilo, mesmo diante do agravamento dos sintomas. “Por pedidos do meu irmão, ele não queria que isso fosse exposto. E por isso muitos não sabiam e, se não tivesse vindo a óbito, ninguém saberia”, disse ela.

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Ainda de acordo com ela, as lesões se espalharam com o tempo e a condição respiratória do cantor, que era asmático, se deteriorou rapidamente. “Ele não contraiu no Carnaval, provavelmente foi no Réveillon. […] A doença atacou os pulmões, e ele ficou sem fala, visão e toque. No último dia, estava muito mal, com o nariz obstruído e a boca, pois já não conseguia mais se alimentar”, contou em vídeos publicados no Instagram.

A situação se agravou nas últimas semanas. A família acionou o SAMU no próprio dia 22, quando Gutto foi levado às pressas ao Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti. Ele foi internado diretamente no Centro de Terapia Intensiva (CTI), mas não resistiu. A monkeypox comprometeu seriamente os pulmões do artista, o que acabou levando ao óbito em poucas horas.

A monkeypox é uma doença viral que pode ser transmitida entre humanos por meio de contato direto com lesões cutâneas, secreções respiratórias ou objetos contaminados. A Bahia, onde Gutto passou a trabalho, é um dos Estados com maior registro do vírus: foram 38 casos da doença em 2024, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado.

Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dores musculares, cansaço excessivo e o aparecimento de bolhas e feridas na pele, que podem coçar ou ser doloridas. Essas lesões costumam surgir primeiro no rosto e na mucosa oral, se espalhando depois para o resto do corpo.

 

 

 

 

 

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