Um estudo feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) apontou um aumento no preço dos alimentos devido a fatores internos, como a alta do dólar, as incertezas das contas públicas e questões climáticas.
Segundo reportagem do G1, a recomendação é que sejam adotadas medidas de apoio à população mais carente sem comprometer o equilíbrio fiscal. A alta do dólar impacta o setor porque a cotação dos alimentos é feita com base na moeda norte-americana.
Além disso, as mudanças climáticas reduzem a oferta no mercado. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento acumulado foi de mais de 7,7% ao ano.
"No segundo semestre daquele ano [2024], o índice em dólares começou a registrar aumentos, mas em uma magnitude menor do que a observada em reais.
Essa discrepância indica que os fatores internos desempenharam um papel muito mais relevante no aumento dos preços domésticos de alimentos, dado que o comportamento dos preços globais não justifica a aceleração vista no mercado brasileiro", destacou o estudo, conforme a reportagem.
Em relação às pessoas mais vulneráveis, o estudo apontou a necessidade de ampliação do Bolsa Família. No entanto, para viabilizar essa medida sem comprometer o orçamento público, seria necessário rever outras despesas, como a limitação dos supersalários.
O CLP afirmou, segundo o G1, que é possível "combinar políticas que assegurem a sinalização de mercado com medidas de apoio aos mais pobres, sem ignorar a necessidade de reformas de médio e longo prazos que promovam maior competitividade e resiliência em todo o setor de alimentos".
Entre as medidas para conter o encarecimento dos alimentos estão:
O aumento dos preços dos alimentos tem sido uma das prioridades da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em janeiro, uma reunião com ministros durou cerca de quatro horas e discutiu propostas para conter a alta dos preços.
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