Medida atende à pressão do presidente americano por aumento dos gastos militares para 5% do PIB.
O secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte, defendeu a necessidade dos países membros do bloco estabelecerem uma meta de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) para gastos com defesa.
“Presumo que em Haia concordaremos com uma meta maior de gastos com defesa de 5% no geral”, disse Rutte durante um evento da Assembleia Parlamentar da OTAN em Dayton, Estados Unidos. “Os líderes tomarão decisões na cúpula do mês que vem para tornar a OTAN uma aliança mais forte, mais justa e mais letal”, afirmou Rutte.
Vivemos em um mundo mais perigoso e estamos em um momento crítico para nossa segurança, com múltiplas ameaças. Há a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia, a ameaça do terrorismo, a intensa competição global e conflitos em todo o mundo, do Oriente Médio à Ásia. A Rússia se aliou à China, Coreia do Norte e Irã, e eles estão fortalecendo seus exércitos. Estão se preparando para um confronto de longo prazo”, acrescentou.
A ideia é promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por demais autoridades americanas.
De acordo com a proposta dos EUA, cada país deveria gastar 3,5% do PIB para um orçamento de defesa mais “rígido”, além de um acréscimo de 1,5% para despesas relacionadas ao setor.
Em 24 e 25 de junho, em Haia, a cúpula se reunirá para discutir a elevação dos gastos.
Trump deseja que o objetivo de cinco por cento seja formalmente aprovado durante a reunião.
O presidente americano ameaçou não comparecer ao evento caso sua proposta não seja aceita.
A ideia de contabilizar os gastos com infraestrutura militar como parte do cumprimento da meta de cinco por cento é considerada uma possível solução conciliatória.
Isso incluiria investimentos em projetos como a construção de novas ferrovias.
Esse compromisso poderia beneficiar principalmente os países que consideram inatingível ou indesejável o cumprimento das despesas tradicionais de defesa em cinco por cento.
Entre eles estão nações como Itália, Espanha, Bélgica e Luxemburgo, que ainda não alcançaram nem mesmo o objetivo de dois por cento.
A previsão para a implementação desse novo objetivo de gastos com defesa é até 2032.
Em uma reunião anterior da Otan, em Bruxelas, Rubio já havia mencionado que não se espera que os países atinjam a meta de cinco por cento em um curto espaço de tempo.
Para os Estados Unidos também seria um desafio financeiro significativo; as despesas militares americanas estão projetadas para ficar em torno de 3,38 por cento em 2024.
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