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Mauro Cid apontou que Michelle e Eduardo Bolsonaro eram da “ala radical” da trama golpista.

Mauro Cid apontou que Michelle e Eduardo Bolsonaro eram da “ala radical” da trama golpista.

26/01/2025 às 14h12 Atualizada em 26/01/2025 às 14h56
Por: Redação Fonte: revistaforum
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Eduardo e Michelle Bolsonaro são citados no primeiro depoimento de Mauro Cid, mas negam ter participado de trama golpista Créditos: Instagram / Eduardo Bolsonaro
Eduardo e Michelle Bolsonaro são citados no primeiro depoimento de Mauro Cid, mas negam ter participado de trama golpista Créditos: Instagram / Eduardo Bolsonaro

Mauro Cid apontou que Michelle e Eduardo Bolsonaro eram da "ala radical" da trama golpista.

 

Menção a ambos foi feita no primeiro depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro em seu acordo de delação premiada, em agosto de 2023; nenhum dos dois foi indiciado no relatório final da PF sobre tentativa de golpe.

Em seu primeiro depoimento dentro do acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal e homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro de 2023, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, citou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), como integrantes do que seria uma "ala mais radical" da trama golpista elaborada por integrantes do governo.

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As informações foram obtidas pelo jornalista Elio Gaspari, da Folha de S. Paulo, que obteve a íntegra do documento. O depoimento, o primeiro entre mais de dez, é de 28 de agosto de 2023, tem seis páginas e menciona mais de 20 pessoas.

Mauro Cid afirmava, em 28 de agosto de 2023, que existia um grupo de conselheiros radicais de Bolsonaro que defendiam um golpe de Estado e a não aceitação da derrota nas eleições de 2022.

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"Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe", diz a transcrição do depoimento. Entre eles, estariam Michelle e Eduardo, segundo o ex-ajudante de ordens.

Em novembro de 2023, o portal Uol havia antecipado a informação, mas a íntegra do depoimento ainda não tinha vindo a público. Na época, tanto Michelle quanto Eduardo negaram as afirmações do ex-ajudante de ordens.

O então advogado do casal, Paulo Cunha Bueno, afirmou que Bolsonaro ou seus familiares "jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país. "Querer envolver meu nome nessa narrativa não passa de fantasia, devaneio", disse na ocasião o deputado federal paulista.

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