Seasic leva Blitz dos Direitos Humanos à Rua de São João para combater o trabalho infantil

Em mais uma edição da Blitz dos Direitos Humanos, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) mobilizou a equipe da Diretoria de Inclusão e Direitos Humanos (DIDH) para dialogar com turistas, comerciantes e moradores sobre a importância de proteger crianças e adolescentes da exploração em ambientes festivos. A ação integra a Campanha de Combate ao Trabalho Infantil promovida pelo Governo de Sergipe.

Com panfletagem, distribuição de adesivos e conversas diretas com o público, a blitz sensibilizou centenas de pessoas que aproveitavam o clima junino. Desta vez, o evento contou com forte presença de turistas, muitos deles surpreendidos pela abordagem educativa e elogiando a iniciativa.

A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, reforçou o papel do poder público em assegurar que a infância seja vivida com dignidade.
"Ambientes de festa devem ser de alegria, não de violação de direitos. Nosso dever é garantir que todas as crianças tenham acesso ao cuidado, à escola e ao lazer. O sistema de proteção existe para ser usado e fortalecido, e é através dele que conseguimos combater práticas abusivas", destacou a secretária.

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Coordenadora de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes da Seasic, Adriana Morais afirmou que a blitz também é um momento estratégico para mobilizar a população em torno da prevenção. "Além de denunciar, é preciso informar e sensibilizar. Essa é uma ação que dialoga diretamente com as pessoas, mostrando que qualquer um pode ajudar a romper com o ciclo de violações. Quando alertamos para os perigos do trabalho infantil, estamos protegendo infâncias, evitando danos físicos, emocionais e sociais irreparáveis", declarou.

Para a diretora de Inclusão e Direitos Humanos da Seasic, Isabel Ferreira, a presença dos turistas não só amplia o alcance da campanha, como reforça que o problema é de todos.
"A Rua de São João é um dos pontos mais visitados neste período, e é por isso que trouxemos nossa blitz para cá. Queremos que cada pessoa que passa por aqui entenda que o trabalho infantil não é algo normal e que todos nós temos responsabilidade nisso", ressaltou.

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Olhar dos visitantes

A turista mineira Daniele Fraga, de Belo Horizonte, ficou emocionada com a abordagem da equipe enquanto curtia a festa com amigos. "Já estive em Aracaju outras vezes, mas dessa vez vim especialmente para o São João. A festa é linda, e essa campanha faz muito sentido. Existem situações de exploração, inclusive prostituição infantil. Isso não combina com a beleza da festa. Então, é muito importante que alguém esteja aqui dizendo: isso não é normal", frisou.

Já a paulista Daniela da Silva, que passeava com as filhas, ressaltou o valor educativo da ação. "É a primeira vez que venho a Aracaju e fiquei muito feliz em ver esse tipo de campanha. Criança tem que brincar, estudar e ser respeitada. Ver uma mobilização como essa me dá esperança de que mais crianças possam ter a infância que merecem", avaliou.

Quem também acompanhava a festa era Jéssica Ariane, sergipana que costuma frequentar os eventos juninos. Ela elogiou a forma como a blitz se aproximou do público. "É uma campanha que toca, sabe? A gente vem se divertir, mas também precisa lembrar que existem situações que não são normais. Criança trabalhando em festa é algo que ainda se vê, infelizmente. Ver uma ação dessas acontecendo no meio da alegria é um lembrete importante de que a infância precisa ser cuidada em todos os espaços", disse.

Caravana da conscientização 

Na última quinta-feira, 12, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, a Seasic realizou a primeira edição da blitz de junho no Arraiá do Povo e na Vila do Forró, com a mesma proposta de conscientização. A campanha segue ativa durante todo o mês junino, levando informação e proteção aos principais pontos de festa da capital.

Denúncias de trabalho infantil podem ser feitas, de forma anônima, por meio do Disque 100 ou diretamente aos Conselhos Tutelares municipais.