Petrova, de 31 anos, foi recrutada em 2023 para trabalhar em pesquisas sobre desenvolvimento celular no laboratório Kirschner, em Harvard.
Ela admitiu a falha na declaração das amostras, que consistiam em ovos de rã fertilizados fixados em formaldeído, considerados não tóxicos e sem valor comercial.
A juíza destacou que a cientista corre risco de vida caso seja deportada para a Rússia, onde afirma enfrentar perseguição política.
O caso ganhou repercussão após o Departamento de Justiça apresentar acusações criminais contra Petrova por contrabando, o que levou à sua transferência para custódia dos U.S. Marshals em Louisiana.
A defesa argumenta que a infração seria normalmente punida com multa, e que a revogação do visto e o processo de deportação configuram uma ação inédita e injusta.
A juíza ressaltou que, se não agir, não haverá quem avalie possíveis violações constitucionais no caso.
Autoridades do Departamento de Segurança Interna afirmam que Petrova mentiu sobre o transporte das amostras e planejava ocultá-las, justificando a detenção. No entanto, especialistas em biologia molecular testemunharam que as amostras são inofensivas e comuns em pesquisas científicas.
A juíza também criticou o processo circular em que o governo revoga o visto e, em seguida, inicia procedimentos de deportação.
Ainda não está claro quando Petrova será liberada, pois ela deve responder às acusações criminais em Massachusetts, e o governo pode tentar nova detenção por questões migratórias.