“Domo de Ouro” não ficará pronto até o fim do mandato de Trump, diz jornal.
Pentágono prevê que sistema espacial para interceptação de mísseis estará em fase de demonstração apenas em 2028.
O ambicioso programa “Domo de Ouro”, idealizado pela administração Trump para criar um sistema de defesa antimísseis baseado no espaço, não estará totalmente operacional até o fim do mandato do presidente dos EUA, contrariando suas previsões iniciais. As informações são do jornal The Guardian.
Continua após a publicidade
Segundo fontes do Pentágono, o sistema deverá estar pronto apenas para uma demonstração em condições ideais até o final de 2028.
O projeto será implementado em fases, começando pela integração de sistemas de dados e comunicação via satélites, com o desenvolvimento das armas espaciais para interceptação de mísseis previsto para etapas posteriores.
Continua após a publicidade
Em cerca de 18 meses, o Pentágono espera ter a infraestrutura básica para rastrear centenas de mísseis em rota de ataque, mas ainda sem capacidade de neutralizá-los.
Atualmente, os Estados Unidos contam com cerca de 40 baterias de defesa Patriot em solo, localizadas no Alasca e Califórnia, capazes de abater mísseis balísticos intercontinentais.
O “Domo de Ouro” pretende complementar essa defesa com uma rede espacial que, em tese, poderia identificar e destruir mísseis durante a fase inicial do lançamento, conhecida como “fase de impulso”, quando o calor do foguete é mais intenso.
Segundo o Guardian, o desenvolvimento da tecnologia espacial para interceptação ainda enfrenta desafios técnicos significativos, incluindo a capacidade de um míssil lançado do espaço atravessar a atmosfera terrestre com força suficiente para destruir um míssil inimigo.
Além disso, o programa deverá contar com o apoio da SpaceX, de Elon Musk, que desenvolve sistemas avançados de rastreamento de alvos móveis.
O custo estimado do “Domo de Ouro” pode chegar a US$ 175 bilhões até 2028, dependendo da ambição do projeto e do número de satélites necessários para cobrir a defesa contra centenas de mísseis.
A participação do Canadá no programa foi mencionada por Trump, que afirmou que o país teria que pagar US$ 61 bilhões ou se tornar o 51º estado dos EUA para ter acesso gratuito ao sistema.