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“Estou aqui por causa da coragem deles”, diz jovem resgatada por PM e moradores em praia do Recife.

“Estou aqui por causa da coragem deles”, diz jovem resgatada por PM e moradores em praia do Recife.

13/05/2025 às 20h40
Por: Redação Fonte: Folha de Pernambuco
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“Estou aqui por causa da coragem deles”, diz jovem resgatada por PM e moradores em praia do Recife.

"Estou aqui por causa da coragem deles", diz jovem resgatada por PM e moradores em praia do Recife.

 

Esther e Gustavo quase se afogaram na praia da Brasília Teimosa. Oficial da PM e moradores auxiliaram no resgate.

"Eu estou aqui por causa da coragem deles". 

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A fala é de Esther Almeida, 19 anos, moradora da Comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul do Recife.

Ela e o amigo Gustavo Felipe enfrentaram instantes dramáticos no mar, no trecho conhecido como "Buraco da Veia", quando foram surpreendidos pela força da correnteza e não conseguiam mais voltar para a areia.

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Sem apoio, sem chão e já no mar aberto, os dois jovens estavam à deriva quando foram salvos por um policial militar de folga e outros banhistas que se arriscaram no resgate.

O caso aconteceu no último domingo (11), no final da tarde, quando a maré estava alta. Em entrevista à Folha de Pernambuco, Esther relembrou o que classificou como momentos de desespero.

"A sensação de você estar no meio do mar, sem conseguir sentir o chão, sem ter nada com que você pudesse apoiar e estar acompanhada por uma segunda pessoa que também não te poderia prestar socorro nem você prestar socorro a ela, você se sente totalmente vulnerável. É uma sensação de que as coisas acabaram ali, sabe? Eu tive a sensação de verdade de que eu não sairia dali. E eu sei que Gustavo foi a mesma coisa, até por ele ter ficado por mais tempo na água, ter se afastado mais. Era desespero mesmo a sensação que a gente sente neste momento".

Esther contou ainda que estava com o amigo na praia, próximo ao trecho de pedras, quando entraram na água e começaram a conversar. Moradora do Bode, ela disse que o Buraco da Veia é a sua "praia de infância". Por esse motivo, sentia uma "segurança maior" e não pensou duas vezes em entrar no mar cheio. 

"Assim que a gente entrou, eu comentei que a água estava puxando, só que a gente pensou que dava para levar. Meus pés estavam no chão, qualquer coisa a gente voltava mais um pouquinho, só que teve uma hora que a gente não conseguia mais, a água estava puxando muito forte. E, quando nos deparamos, a gente já estava lá no meio do mar aberto".

Gustavo Felipe, de 20 anos, também mora no Bode. Ele lembrou que, depois de entrarem na água, perceberam que a correnteza estava "puxando muito".

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"No momento que eu fui tentar o chão e não senti, senti sendo puxado muito forte, eu olhei para ela e vi que estava na mesma situação, foi uma cena de desespero, de ver uma pessoa próxima a você sendo levada, você sendo levado também, e não poder fazer nada sobre isso", disse o jovem, acrescentando que, por saber que Esther não sabe nadar, permaneceu com ela.

O segundo-tenente da Polícia Militar de Pernambuco Henrry Roger Oliveira da Silva e moradores da localidade ajudaram no resgate.

As imagens foram registradas por drone pela página Pina Ordinário, que cedeu o conteúdo à FolhaAssista:

 

 
 
 
 
 
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Uma corda lançada ao mar auxiliou na retirada de Esther da água. Nesse momento, ela relatou ter se sentido aliviada, mas seguia preocupada com Gustavo.

"Em parte, eu me senti aliviada, porque todo aquele barulho tinha passado. Foi uma fração de segundos de alívio e fiquei preocupada com meu amigo, que tinha ficado na água. Só consegui relaxar de vez quando eu vi que a corda tinha descido para ele também".

Por fim, a jovem agradeceu aos que ajudaram a sair do mar. "Se não tivesse sido a coragem desses meninos, a gente não estaria aqui para contar a história. Foi uma ajuda tão imensa, a gente nem conhece essas pessoas que salvaram. Foi um ato de heroísmo de verdade, falei com eles diversas vezes, agradeci e vou continuar agradecendo. Eu estou aqui por causa da coragem deles", completou Esther Almeida. 

Para Gustavo, o momento agora é de alívio por ter escapado. "Um alívio, uma calma de saber que pude escapar disso. O 'normal' seria eu não ter nem conseguido sair, poderia ter quebrado a perna, batido a cabeça", disse ele. O jovem ainda entrou em contato com o policial e moradores que ajudaram no resgate. "Tenho muito a agradecer ao pessoal".

O jovem afirmou à reportagem ainda que, quando tinha 10 anos, estava com o pai na praia de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul de Pernambuco, quando passou por uma situação similar à do último domingo. 

 
 
 
 
 
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"A água estava no joelho, vieram duas ondas muito fortes, puxou. Meu pai passou um mês na UTI, graças a Deus ele ficou bem, nenhuma sequela também"

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