Ainda há uma janela de oportunidade até que o presidente Trump conclua sua visita ao Oriente Médio, se o Hamas entender que estamos falando sério”, disse Elkin ao Kan na segunda-feira.
Já no controle de cerca de um terço do território de Gaza, Israel retomou as operações terrestres em março, após o colapso de um cessar-fogo apoiado pelos EUA que havia interrompido os combates por dois meses. Desde então, o país impôs um bloqueio total de ajuda ao enclave.
Elkin afirmou que, em vez de lançar ataques em áreas específicas e depois abandoná-las, como os militares fizeram até agora, as forças israelenses agora manterão os territórios que tomarem, até que o Hamas seja derrotado ou concorde em se desarmar e deixar Gaza.
O Hamas descartou essa possibilidade. Israel ainda não apresentou uma visão clara para o pós-guerra em Gaza, enquanto enfrenta pressão internacional para encerrar uma campanha que deslocou a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza e a deixou dependente de suprimentos de ajuda que vêm diminuindo rapidamente desde o bloqueio.
A autoridade israelense disse que o plano ofensivo recém-aprovado deslocaria a população civil de Gaza para o sul e evitaria que a ajuda humanitária caísse nas mãos do Hamas, embora o bloqueio ainda não tenha sido levantado.
No domingo, as Nações Unidas rejeitaram o que disseram ser um novo plano de distribuição de ajuda no que descreveram como centros israelenses.
Nesta segunda-feira, Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados, afirmou no X que Israel estava exigindo que a ONU e as organizações não governamentais fechem seu sistema de distribuição de ajuda em Gaza.
“Eles querem manipular e militarizar toda a ajuda aos civis, forçando-nos a entregar suprimentos por meio de centros projetados pelos militares israelenses, assim que o governo concordar em reabrir as passagens. O NRC defenderá nossos princípios humanitários e, com todos os nossos colegas, se recusará a participar desse novo esquema.”