Segunda, 28 de Abril de 2025
26°

Tempo nublado

Caruaru, PE

Entretenimento Entretenimento

Médica avalia diagnóstico precoce de Angélica: 'Mais vulnerável a doenças'.

Médica avalia diagnóstico precoce de Angélica: 'Mais vulnerável a doenças'.

26/04/2025 às 19h09
Por: Redação Fonte: Revista Caras
Compartilhe:
Médica avalia diagnóstico precoce de Angélica: 'Mais vulnerável a doenças'.

Médica avalia diagnóstico precoce de Angélica: 'Mais vulnerável a doenças'.

 

Angélica enfrentou um diagnóstico precoce aos 43 anos e médica esclarece sintomas e tratamento necessário para recuperar qualidade de vida; veja.

Sintomas intensos, diagnóstico tardio e impactos diretos na qualidade de vida. A experiência da apresentadora Angélica com a menopausa precoce, contada recentemente no programa Encontro, reacendeu um importante debate: como identificar os sinais e o que pode ser feito para reduzir os efeitos dessa condição?

Continua após a publicidade
Anúncio

Hoje com 51 anos, Angélica contou que enfrentou dificuldades para obter um diagnóstico correto aos 43. O caso dela, apesar de parecer incomum, é mais comum do que se imagina. Para entender melhor o assunto, a CARAS Brasil conversou com a ginecologista endócrina Maira Campos, que explicou os detalhes da insuficiência ovariana prematura e os impactos da reposição hormonal.

Menopausa precoce: o que é e como é diagnosticada?

Segundo a especialista, o quadro exige atenção médica especializada. "A menopausa precoce, ou insuficiência ovariana prematura, acontece quando os ovários deixam de funcionar antes dos 40 anos. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames hormonais, principalmente a dosagem do FSH (hormônio folículo-estimulante), que costuma estar persistentemente elevado, associado à queda dos níveis de estrogênio. Mas o que mais gera confusão, especialmente em mulheres jovens, é que esses sintomas podem ser atribuídos a outras causas, como estresse, uso de contraceptivos ou até desequilíbrios da tireoide", diz a médica.

Continua após a publicidade
Anúncio

Ela ainda destaca que existe um grande obstáculo no caminho do diagnóstico precoce: o preconceito etário. "Infelizmente, ainda existe uma resistência em considerar esse diagnóstico em mulheres fora da faixa etária "esperada", o que atrasa o início do tratamento e impacta diretamente a qualidade de vida. Casos como o da Angélica nos ajudam a trazer visibilidade para esse tema e lembrar que não existe idade certa para ouvir o corpo da paciente", alerta.

Como é o tratamento para a menopausa precoce?

Um dos pilares do tratamento é a reposição hormonal, que, segundo a especialista, vai muito além de uma escolha estética.

"A reposição hormonal, quando bem indicada e monitorada por um profissional especializado, é uma ferramenta essencial no tratamento da menopausa precoce. Ela ajuda a repor o estrogênio que o corpo deixou de produzir precocemente, aliviando sintomas como os fogachos (ondas de calor), insônia, alterações de humor, e também protegendo a saúde óssea, cardiovascular e cerebral", explica.

Ela reforça: "É importante entender que, nesse caso, a reposição não é "opcional" ou apenas estética — é uma necessidade clínica. Sem ela, a paciente fica mais vulnerável a doenças metabólicas, osteoporose precoce e até maior risco cardiovascular. Por isso, o tratamento deve ser personalizado, seguro e sempre acompanhado de perto."

O que mais deve ser feito após o diagnóstico?

Além da medicação, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para recuperar a qualidade de vida: "Essa queda hormonal repentina é como se o corpo perdesse um "comando central" que antes estava ali, regulando desde o sono até a estabilidade emocional. Por isso, os sintomas costumam ser tão intensos. O acompanhamento conjunto entre ginecologista e endocrinologista permite uma abordagem integrada, avaliando não só os níveis hormonais, mas também o metabolismo da paciente como um todo", diz.

"O objetivo é devolver equilíbrio tanto físico quanto emocional, por meio de reposição adequada, ajustes no estilo de vida, suplementação quando necessário e acolhimento. Porque mais do que tratar os exames, a gente cuida da mulher como um todo. E sim, com o acompanhamento certo, é absolutamente possível recuperar a qualidade de vida, a clareza mental e o bem-estar que muitas mulheres pensam ter perdido de vez", conclui.

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Angelica (@angelicaksy)

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.