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Não seja gentil com o ‘ChatGPT’! Seu ‘obrigado” e ‘por favor’ pode ser um grande vilão.

Não seja gentil com o ‘ChatGPT’! Seu ‘obrigado” e ‘por favor’ pode ser um grande vilão.

26/04/2025 às 17h26
Por: Redação Fonte: Agência em Foco
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Não seja gentil com o ‘ChatGPT’! Seu ‘obrigado” e ‘por favor’ pode ser um grande vilão.

Não seja gentil com o ‘ChatGPT’! Seu ‘obrigado” e ‘por favor’ pode ser um grande vilão.

 

Você já imaginou que sua forma de escrever para o ChatGPT poderia afetar o meio ambiente? Pode parecer exagero, mas essa revelação bombástica está chamando a atenção de especialistas no mundo todo. Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, cada “por favor” e “obrigado” inserido em conversas com a inteligência artificial pode significar um custo real para o planeta. E não estamos falando apenas de recursos tecnológicos, mas de consumo energético em larga escala.

Mensagens educadas escondem o verdadeiro vilão do consumo energético moderno

Em um universo onde gentileza gera gentileza, poucos sabiam que ela também gera mais eletricidade. Os chatbots como o ChatGPT processam cada palavra com precisão cirúrgica. Isso significa que, ao adicionar palavras de cortesia, os sistemas são forçados a usar ainda mais poder computacional. Parece pouco? Agora imagine esse hábito multiplicado por milhões de usuários ao redor do mundo, todos os dias. O impacto é surpreendente.

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Esses sistemas operam com base em modelos estatísticos complexos. Cada caractere inserido, por menor que seja, requer processamento, energia e tempo. Isso explica por que Sam Altman revelou que as interações educadas representam um dos gastos mais inesperados da OpenAI. É a gentileza que sai cara — para a empresa e para o planeta.

 

Cada “obrigado” pode custar milhões e ninguém está falando sobre isso

A declaração de Altman gerou alvoroço. “Gastamos dezenas de milhões de dólares apenas para processar interações educadas.” O valor é tão absurdo que deixou até os especialistas da área surpresos. E o motivo é simples. Quanto mais complexa e polida a linguagem, mais esforço o sistema precisa fazer para compreender e responder adequadamente.

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Com mais de 400 milhões de usuários ativos no ChatGPT, a matemática é assustadora. O processamento em massa de expressões educadas gera uma demanda energética brutal. Uma única resposta pode consumir energia suficiente para manter várias lâmpadas acesas por horas. E tudo isso por um “por gentileza”.

ChatGPT – Créditos: depositphotos.com / Irrmago

A batalha silenciosa entre boas maneiras e sustentabilidade global

O desafio agora é conciliar duas forças poderosas. De um lado, o comportamento humano, moldado pela educação. Do outro, a urgência por soluções sustentáveis que reduzam o impacto ambiental da tecnologia. A equação é complexa, mas não impossível.

Especialistas já propõem medidas que envolvem o uso de algoritmos mais eficientes e tecnologias que priorizam o desempenho sem sacrificar a sustentabilidade. A ideia não é deixar a cortesia de lado, mas sim equilibrar hábitos humanos com a realidade energética da era digital.

O futuro da inteligência artificial depende da sua próxima palavra

A próxima vez que você for digitar uma mensagem para um chatbot, pense bem. Vale a pena incluir tantas formalidades? Em tempos de crise climática, até o vocabulário digital precisa ser reavaliado. A mudança de comportamento pode começar com algo tão simples quanto escrever menos — e melhor.

A OpenAI e outras gigantes da tecnologia enfrentam agora um novo dilema. Não basta ser inovadora, é preciso ser responsável. E talvez, no final das contas, a verdadeira revolução tecnológica seja feita de palavras mais curtas e escolhas mais conscientes.

 

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