A gigante da tecnologia está apertando o cerco contra o home office. Funcionários que não aceitarem o retorno ao modelo híbrido até junho podem ser desligados. Entenda como a nova política afeta quem mora perto de um escritório do Google.
Segundo documentos internos obtidos pela CNBC, o Google começou a enviar comunicados a equipes específicas exigindo retorno presencial. Quem mora até 80 km de um escritório da empresa deve comparecer ao menos três vezes por semana — sob pena de demissão. A big tech justifica a exigência com base na importância da colaboração presencial para inovação e resolução de problemas.
Entre os setores obrigados a retornar estão Serviços Técnicos e Operações de Pessoas, o famoso RH do Google. Os funcionários dessas equipes, se residirem num raio de até 80 km de uma unidade da empresa, terão que seguir o modelo híbrido:
Para suavizar a medida, o Google oferece um pacote de saída voluntária — cujos benefícios não foram detalhados. Já quem aceitar mudar de endereço para até 80 km de um escritório pode receber ajuda de custo. No entanto, funcionários que moram a mais de 80 km e têm autorização prévia para home office continuarão no regime remoto, mas com limitações para mudanças de cargo.
Apesar de o Google afirmar que a medida é pontual, a decisão soa como um layoff disfarçado. A big tech já havia lançado programas de demissão voluntária em março para setores como Operações de Pessoas e Plataformas e Dispositivos — sem oferecer retorno presencial como alternativa.
Nos bastidores, o objetivo parece claro: cortar gastos e redirecionar recursos para áreas estratégicas como inteligência artificial. O Google, assim como outras big techs, está reformulando sua estrutura interna para acelerar investimentos em tecnologia de ponta — mesmo que isso custe a permanência de parte da força de trabalho atual.
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