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China cria norma mais rígida do mundo para baterias de elétricos.

China cria norma mais rígida do mundo para baterias de elétricos.

21/04/2025 às 14h34 Atualizada em 21/04/2025 às 14h40
Por: Redação Fonte: insideevs
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China cria norma mais rígida do mundo para baterias de elétricos.

China cria norma mais rígida do mundo para baterias de elétricos.

 

Nova regulamentação para 2026 "proíbe" incêndios ou explosões em qualquer circunstância.

A partir de 1º de julho de 2026, a China adotará a regulamentação mais rígida do mundo voltada à segurança de baterias de veículos elétricos. A nova norma exige que os pacotes de bateria sejam projetados de forma a não incendiar nem explodir, mesmo em casos extremos, como uma fuga térmica interna — uma das principais causas de incêndios em veículos elétricos.

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O novo padrão representa uma mudança significativa em relação à norma atual, que apenas exigia um aviso de pelo menos cinco minutos antes de um possível incêndio ou explosão. Com a regulamentação de 2026, os sistemas de armazenamento de energia terão que garantir que nenhum desses eventos aconteça sob nenhuma circunstância. Além disso, o eventual vazamento de fumaça não poderá causar danos aos ocupantes do veículo.

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Para cumprir esse objetivo, o governo chinês estabeleceu critérios de testes mais rigorosos. Entre eles estão simulações de impactos na parte inferior do veículo e a verificação da resistência das baterias a mais de 300 ciclos de recarga rápida. Após esses ciclos, as baterias devem continuar operando de forma segura, mesmo diante de curtos-circuitos.

Fabricantes como a CATL, uma das líderes globais no fornecimento de baterias, afirmam já atender a esses requisitos com tecnologias próprias que inibem a propagação térmica em caso de falhas internas. A empresa também desenvolveu plataformas que suportam testes de colisão a 120 km/h sem danos às baterias.

Apesar de a taxa de incêndios em carros elétricos já ser consideravelmente baixa, a nova norma busca elevar ainda mais o padrão de segurança. Estudos indicam que veículos elétricos apresentam cerca de 25 incêndios por milhão de unidades, enquanto modelos com motor a combustão interna registram aproximadamente 1.530 casos por milhão — uma diferença de mais de 60 vezes.

A implementação dessa norma poderá impactar significativamente o mercado. Especialistas apontam que pequenas e médias empresas, sem capacidade técnica ou recursos para atender às novas exigências, poderão ser forçadas a sair do setor. Como resultado, o mercado tende à concentração entre grandes fabricantes com tecnologia avançada e maior capacidade de investimento em segurança.

O objetivo final da nova regulamentação é fortalecer a confiança dos consumidores na mobilidade elétrica. Ao eliminar a possibilidade de incidentes térmicos graves, a indústria espera não apenas manter, mas ampliar a aceitação dos carros elétricos como uma alternativa segura e confiável aos modelos tradicionais.

A medida também poderá servir de referência para outros países, especialmente em um contexto global de transição energética. Normas mais rígidas podem influenciar a criação de padrões internacionais de segurança e acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à proteção térmica e integridade estrutural das baterias.

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