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Governo do Estado realiza mutirão de exames de colonoscopia em alusão ao Março Azul

Exame é importante para o rastreio do câncer de intestino, o segundo tipo de câncer mais incidente na população brasileira, ficando atrás apenas do...

30/03/2025 às 12h01
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Fotos: Mário Sousa
Fotos: Mário Sousa

Com o intuito de promover diagnóstico precoce de câncer colorretal, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e em parceria com o Hospital Primavera, realizou neste domingo, 30, o 4º Mutirão de Exames de Colonoscopia. A ação é alusiva à campanha Março Azul, que visa conscientizar a população sobre o câncer de intestino.

A doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos ou naquelas que possuem histórico familiar da condição. De acordo com a referência técnica da oncologia clínica do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), o oncologista Gabriel Passos, o câncer colorretal surge quando algumas células sofrem mutações genéticas, passando a crescer de forma desordenada, infiltrando tecidos vizinhos e, eventualmente, disseminando-se para outros órgãos.

“O ideal é que o diagnóstico seja feito precocemente, ainda na fase assintomática, quando as chances de cura são maiores. No entanto, o tumor pode causar sintomas como dor abdominal, sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal e perda de peso involuntária. Diante desses sinais, é fundamental buscar avaliação médica para investigação”, disse o médico.

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O agente de portaria, Antônio Pereira Barros Filho, 50 anos, do município de São Cristóvão, foi realizar os exames de forma preventiva. “Estou aqui hoje fazendo o exame como forma de prevenção. Acredito que todo homem deve fazer exames pelo menos uma vez por ano. Como nunca fiz esse, vou fazer pela primeira vez para checar se está tudo bem”, informou Antônio.

A autônoma Débora Souza, de 52 anos, também aprovou a ação. “O motivo de fazer a colonoscopia foi uma recomendação médica, por questão de prevenção. Para mim, foi excelente. Essa oportunidade foi muito viável”.

Durante a ação, foram disponibilizadas 50 colonoscopias para pacientes que estavam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos reunidos em prol da sociedade sergipana, para garantir que os pacientes tenham acesso a cuidados preventivos, ajudando a prevenir o câncer de intestino e fomentando a campanha de cuidados preventivos na saúde”, destacou a diretora assistencial do Hospital Primavera, Aline Bastos.

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Rastreamento

O rastreamento do câncer colorretal é uma estratégia que reduz significativamente a mortalidade pela doença. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomenda o rastreamento populacional com pesquisa de sangue oculto nas fezes a partir dos 50 anos para pessoas assintomáticas e sem fatores de risco. Já diretrizes internacionais, como as da American Cancer Society, sugerem o início do rastreamento aos 45 anos, podendo ser feito por colonoscopia. Indivíduos com histórico familiar de câncer colorretal devem iniciar a investigação mais precocemente, conforme a orientação médica.

Prevenção

A mudança do estilo de vida é essencial não apenas para reduzir o risco de câncer colorretal, mas também para a prevenção de diversas doenças crônicas. A adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, uma alimentação balanceada, a redução do consumo de alimentos ultraprocessados e gordurosos, além da abstenção do álcool e do cigarro contribui significativamente para diminuir o risco da doença.

Tratamento

O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença. Em casos iniciais, lesões restritas à mucosa podem ser removidas durante a colonoscopia. Para tumores localizados que não podem ser ressecados endoscopicamente, a principal abordagem é a cirurgia para retirada parcial do intestino (colectomia segmentar), com ou sem linfadenectomia.

Dependendo da localização do tumor e do estadiamento, a cirurgia pode ser combinada com quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia, especialmente para tumores de reto. Em estágios mais avançados, quando há metástases, o tratamento geralmente envolve quimioterapia associada a terapias-alvo ou imunoterapia, dependendo do perfil molecular do tumor.
 

Fotos: Mário Sousa
Fotos: Mário Sousa
Fotos: Mário Sousa
Fotos: Mário Sousa
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Fotos: Mário Sousa
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