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Post de CEO da LATAM vira polêmica e ele esclarece que evitar colisão com aves não é papel da companhia

Post de CEO da LATAM vira polêmica e ele esclarece que evitar colisão com aves não é papel da companhia

22/02/2025 18h02 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação Fonte: Agência Aeroin
Post de CEO da LATAM vira polêmica e ele esclarece que evitar colisão com aves não é papel da companhia

Post de CEO da LATAM vira polêmica e ele esclarece que evitar colisão com aves não é papel da companhia

 

Em publicação no LinkedIn, Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, detalhou os impactos operacionais e financeiros decorrentes dos frequentes incidentes de colisões com aves – os chamados “bird-strikes” – e criticou a falta de investimentos em manejo adequado da fauna por parte dos aeroportos e municípios.

A publicação foi feita após outro post sobre um bird-strike na data de ontem (20) no Aeroporto do Galeão, virar polêmica na rede social.

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No post inicial, Cadier comentava sobre um caso envolvendo um Airbus A321ceo da companhia aérea brasileira, que colidiu com um pássaro durante a decolagem, causando um grande estrago no nariz da aeronave, forçando seu retorno ao aeroporto carioca e subsequente cancelamento do voo que tinha como destino Guarulhos.

 

O executivo deu ênfase na quantidade de processos judiciais que viriam de passageiros daquele voo, mesmo a colisão com pássaros ser um evento que foge ao controle da empresa. Nos comentários, diversos passageiros se posicionaram contra o CEO, iniciando uma grande polêmica.

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O novo post

Em novo post, Cadier cita que em 2024 foram registrados 562 eventos de colisão com aves na companhia, o que equivale a cerca de 1,5 ocorrências por dia. Apesar de todas as aeronaves realizarem pousos em segurança, os incidentes impuseram desafios significativos: as aeronaves ficaram paradas por mais de 750 horas para a realização dos reparos necessários.

Essa paralisação, somada aos cancelamentos e atrasos, afetou diretamente mais de 30 mil passageiros, elevando os custos operacionais da companhia.

O executivo destacou que os custos decorrentes dos reparos nas aeronaves, bem como os prejuízos relacionados à inatividade dos aviões (incluindo leasing, tempo de trabalho da tripulação, e despesas com alimentação e acomodação conforme a resolução 400), acabam sendo incorporados ao preço das passagens. Assim, o impacto econômico dessas falhas operacionais recai, em última instância, sobre os passageiros.

Cadier argumentou que muitos desses incidentes são evitáveis e ressaltou que a responsabilidade pelo manejo da fauna cabe aos aeroportos e municípios. Segundo o CEO, a ausência de investimentos consistentes nessa área eleva os custos totais dos eventos, o que poderia ser mitigado com ações de prevenção e controle ambiental. “O custo, no final das contas, é repassado ao passageiro”, afirmou, enfatizando a necessidade de políticas públicas eficazes.

O CEO também abordou a questão das ações judiciais contra companhias aéreas. Ele defendeu que, assim como as condições climáticas adversas, o mau manejo da fauna não é de responsabilidade da companhia.

Por esse motivo, Cadier sustenta que a LATAM Brasil não deveria ser condenada a pagar danos morais decorrentes de atrasos ou cancelamentos provocados por esses incidentes. Ele apontou que, no cenário brasileiro, há uma disparidade preocupante: o país concentra mais de 98% das ações na justiça mundial, apesar de ter apenas 3% dos voos.

Nos EUA e Europa, ao contrário do Brasil, o atraso causado por problemas climáticos ou por fatores externos, como colisão por pássaros, não gera dano moral, sendo que os passageiros possam ter direito a apenas uma compensação financeira pré-fixada (no caso europeu apenas), além da reacomodação no próximo voo disponível.

Ao concluir seu desabafo, Jerome Cadier reconheceu que o tom empregado em sua postagem anterior poderia ter sido melhor calibrado. “Estamos todos aqui para aprender”, ressaltou, comprometendo-se a buscar sempre o diálogo e o respeito nas futuras interações.

O executivo afirmou que seu objetivo é esclarecer os fatos e estimular uma reflexão sobre a importância de investimentos adequados no manejo da fauna, visando reduzir os impactos operacionais e os custos repassados aos passageiros.

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