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Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil.

Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil.

29/01/2025 às 19h59 Atualizada em 29/01/2025 às 20h40
Por: Redação Fonte: Folhapress
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Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil.

Operação policial no Complexo da Maré tem relatos de tiroteio e fecha avenida Brasil.

 

Interdição do trânsito ocorreu na madrugada; investigação mira traficantes do Espírito Santo que teriam movimentado quantia milionária no Rio

(Folhapress) – Policiais civis e militares realizam na manhã desta quarta-feira (29) uma operação no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.

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Há relatos, nas redes sociais, de tiroteios. Até o momento, não há confirmação de mortos ou feridos.
A ação provocou o fechamento dos dois sentidos da avenida Brasil na altura de Manguinhos, por volta de 4h50, segundo o Centro de Operações Rio. A liberação ocorreu às 5h, disse o órgão da prefeitura carioca.

A operação policial é realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo.

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A ação, batizada de Conexão Perdida, tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro) do Espírito Santo. Eles utilizariam o território fluminense como base estratégica para expandir operações ilegais.

Policiais militares fazem verificação em veículos no interior do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (29) (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, o grupo extorquia funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás, que só podiam atuar nas áreas controladas pela facção mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 mil.

A investigação também aponta que, para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo” –instituição financeira irregular que estaria operando dentro do Complexo da Maré e oferecendo empréstimos para moradores da comunidade.

“Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano”, disse o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, em nota divulgada pelo governo fluminense.

Investigação policial

As investigações tiveram início em novembro de 2024, após a prisão de Luan Gomes de Faria na capital capixaba. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como “os irmãos Vera”, são suspeitos de chefiarem o TCP no estado.

“Bruno veio para o Complexo da Maré após a prisão do irmão”, diz a nota do governo fluminense.

Além da ação no Complexo da Maré, também são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande e Laranjeiras, no Rio, e em comunidades de Vitória.

Participam da operação policiais civis e militares do Rio de Janeiro, além de policiais civis de delegacias especializadas do Espírito Santo.

“Esta ação reflete o esforço coordenado entre as forças de segurança do Rio com outros estados para enfraquecer o crime organizado que hoje ultrapassa fronteiras estaduais. O criminoso que vem pra cá se esconder ou fazer escola, será preso. O Rio de Janeiro não tem espaço para criminosos, seja daqui ou de qualquer outro lugar”, afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

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