A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), realizou, no último final de semana, a vacinação de bezerras na cidade de Campo Maior, localizada na região Centro-Norte do Piauí. A brucelose é uma doença infecciosa que afeta tanto animais quanto seres humanos.
De acordo com o secretário da Sada, Fábio Abreu, ao controlar a brucelose nos rebanhos, a vacinação contribui diretamente para a proteção da saúde pública, reduzindo o risco de transmissão da doença para as pessoas. Essa medida é essencial para garantir a sanidade animal. “A vacinação contra a brucelose é especialmente importante para os municípios da região de Campo Maior, pois protege os rebanhos bovino e bubalino de uma doença que pode causar sérios prejuízos econômicos e representar riscos à saúde humana”, defende.
Causada pela bactéria Brucella, a enfermidade compromete a reprodução dos animais, podendo provocar abortos, natimortos e infertilidade. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do consumo de produtos de origem animal contaminados.
No primeiro semestre de 2025, 70 propriedades foram atendidas, totalizando 527 bezerras vacinadas nos municípios de Campo Maior, Jatobá do Piauí, Nossa Senhora de Nazaré e Boa Hora. O próximo passo é intensificar a divulgação da campanha em cidades que ainda não registraram vacinação, como Boqueirão do Piauí e Sigefredo Pacheco.
Apesar dos índices vacinais relativamente satisfatórios, impulsionados por campanhas educativas do governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), muitos criadores ainda não imunizaram seus rebanhos. Por isso, o trabalho local tem se concentrado em ampliar a conscientização, utilizando rádios comunitárias, reuniões e redes sociais.
O médico-veterinário João Teixeira, responsável pela regional da Adapi em Campo Maior, reforça a importância de cumprir o calendário sanitário. “Um dos maiores desafios é assegurar que a vacinação seja realizada dentro do prazo estabelecido, o que demanda um esforço contínuo de divulgação e conscientização entre os criadores”, ressalta.
Existem penalidades para o produtor que não realiza a vacinação, uma delas é o bloqueio do trânsito de animais no sistema da Adapi. Também podem haver restrições relacionadas à Ficha Sanitária, exigida para a aquisição de milho junto à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). A intensificação das ações de divulgação continua sendo prioridade, mas, em um segundo momento, criadores inadimplentes poderão ser autuados e multados, conforme a situação.
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