Israel mantém ofensiva
Mesmo diante dos sinais de desescalada por parte do Irã, Israel não demonstrou disposição de interromper os ataques. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os bombardeios continuarão até que o programa nuclear iraniano e seus mísseis balísticos sejam eliminados. “Mudança de regime não é o objetivo, mas pode ser uma consequência”, disse.
Fontes israelenses citadas pelo WSJ afirmam que o país está preparado para ao menos duas semanas adicionais de bombardeios. Desde sexta-feira, Israel já matou figuras centrais do alto comando militar iraniano, especialmente da Força Aérea, deixando o aiatolá Ali Khamenei cada vez mais isolado politicamente. No entanto, analistas ouvidos pelo jornal afirmam que os danos às instalações nucleares foram limitados até agora, e que seria necessária uma longa campanha aérea para desmantelar completamente o programa nuclear iraniano.
Petróleo
O petróleo, que havia subido, mas voltou a ficar no zero a zero nesta segunda, passou a cair forte logo após vir à tona a notícia de que o Irã está buscando desescalar o conflito com Israel. Às 11h43 (de Brasília), o barril do WTI para julho cedia 4,80%, a US$ 69,46, e o do Brent para agosto perdia 4,62%, a US$ 70,95.
Antes, autoridades árabes alertavam os EUA que uma expansão do conflito poderia colocar ativos energéticos em risco, com potenciais efeitos significativos sobre os mercados globais de petróleo. Países como Arábia Saudita, Catar e Omã estavam pressionando por um cessar-fogo imediato e um retorno às negociações.