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Brasil tem 60 milhões de pessoas utilizando serviços de VPN

Levantamento publicado pelo Olhar Digital mostrou que, recentemente, o Brasil ultrapassou a marca de 60 milhões de usuários de VPN em todo o territ...

28/05/2025 às 20h06
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Christin Hume | Unsplash
Christin Hume | Unsplash

Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um crescimento notável no uso de redes virtuais privadas (VPNs) para navegação na internet. Dados recentes indicam que mais de 60 milhões de brasileiros já utilizam algum serviço de VPN, o que equivale a quase um terço de toda a população nacional que utiliza a internet, conforme apontado no relatório divulgado pelo Olhar Digital.

Esse número reflete como as VPNs deixaram de ser uma ferramenta de nicho para se tornar um recurso quase comum entre uma grande parcela de brasileiros que utilizam a internet para diferentes finalidades. Para efeito de comparação, a taxa de adoção de VPN no Brasil já supera a média global, indicando que os brasileiros estão à frente na busca por soluções de privacidade on-line, como mostra o relatório da DataReportal.

A grande parte desses usuários descobriu as VPNs recentemente, impulsionados por fatores que vão desde a restrição de conteúdo on-line até preocupações crescentes com segurança de dados e privacidade na rede.

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Alguns dos motivos por trás do crescimento recente

Vários fatores explicam por que o uso de VPN vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Em primeiro lugar, medidas de censura ou bloqueio de plataformas digitais têm levado muitos brasileiros a buscar VPNs para manter o acesso a sites e redes sociais.

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Um caso emblemático ocorreu em 2024, quando a rede social X (antigo Twitter) foi temporariamente banida por ordem judicial, desencadeando um aumento de 469% nas buscas por VPNs em poucas horas, segundo dados do TudoCelular. A reportagem ainda afirma que, segundo a empresa de segurança virtual VpnMentor, o número de usuários de VPN (Redes Privadas Virtuais, em inglês) cresceu 1600% no país

Esses dois episódios mostram como algumas restrições na internet podem impulsionar a adoção de VPNs entre os usuários do Brasil, à medida que pessoas buscam alternativas diferentes para utilizar esses serviços e plataformas.

Além dos bloqueios, há uma crescente preocupação com a segurança e privacidade no meio digital. O Brasil tem enfrentado altos índices de crimes cibernéticos e vazamentos de dados, levando os internautas a procurar maneiras de se proteger. Pesquisa divulgada pela Exame mostra que a proteção de dispositivos e contas on-line é o motivo número um para 46% dos usuários de VPN no país. A matéria também mostrou que no primeiro trimestre de 2024, 37% dos brasileiros (cerca de 75 milhões de pessoas) acessaram a internet usando uma VPN.

No caso do bloqueio do X (antigo Twitter), empresas e usuários brasileiros se conectaram a uma VPN para acessar a plataforma, seja para trabalho ou para continuar acessando a rede social que opera em diversos outros países. A crescente demanda mostra que muitos internautas recorreram ao uso de VPNs para diferentes finalidades.

Vale ressaltar que todo esse movimento ocorre em um contexto de debate sobre liberdade digital no Brasil. Conforme publicação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, feita em maio deste ano, algumas lideranças governamentais estão discutindo propostas para regular uso de VPNs, reconhecendo que essas ferramentas se tornaram essenciais para preservar o acesso à informação e a privacidade dos cidadãos. Em outras palavras, as VPNs entraram de vez na pauta sobre direitos digitais, trazendo um debate público sobre a liberdade de expressão e o direito à privacidade.

VPNs na proteção da privacidade

Do ponto de vista técnico, uma VPN funciona criando uma conexão criptografada entre o dispositivo do usuário e um servidor remoto. Isso significa que todos os dados trafegam de forma embaralhada, dificultando interceptações e monitoramento. Segundo os números divulgados anteriormente pela Exame, os serviços de oferecida pelas VPNs ganhou relevância para diferentes internautas. De forma resumida, provedores como o VeePN implementam criptografia e políticas de não registro de atividades (no-logs).

Um outro aspecto relevante é a proteção em redes Wi-Fi públicas, como as de cafeterias, aeroportos e shoppings. Essas conexões gratuitas, bastante populares em todo o mundo, podem abrir espaços para eventuais inseguranças digitais. Conforme matéria compartilhada no g1, apesar de redes de Wi-Fi públicas terem um risco baixo, elas permitem eventuais golpes, tanto para celulares quanto para notebooks.

A reportagem detalhou sobre os riscos dessas conexões, exemplificando que um pode encontrar uma brecha na rede pública para interceptar a comunicação entre o usuário e um aplicativo de banco, por exemplo, podendo roubar dados sensíveis e acessar contas bancárias.

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