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Andropausa atinge 25% dos homens no Brasil

Condição fisiológica em homens com mais de 40 anos é caracterizada pela diminuição gradual dos níveis de testosterona e os principais sintomas são ...

28/05/2025 às 15h46
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Ao contrário da menopausa, que atinge o público feminino, a andropausa ainda é pouco conhecida entre os homens, além, de enfrentar tabus. Trata-se de uma condição fisiológica caracterizada pela diminuição gradual dos níveis de testosterona, que provocam sintomas como a fadiga crônica, irritabilidade, ganho de peso abdominal e queda na libido. Segundo estimativas mundiais, até 25% do público masculino acima de 40 anos podem estar com andropausa. No Brasil, calcula-se que até 25% de homens sejam afetados pela condição fisiológica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a "menopausa masculina" é a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), caracterizada pela queda progressiva da testosterona após os 40 anos de idade.

George Mantese, médico de Família e Comunidade Doutorando em Educação e Saúde (USP), especialista em Longevidade, Anti-Aging e Wellness, além de fundador e diretor do Instituto Mantese, explica que a andropausa é uma epidemia ignorada, já que 30% dos homens afetados não têm um diagnóstico do problema.

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“Dados da Sociedade Brasileira de Urologia revelam que três em cada 10 homens acima de 50 anos têm DAEM, mas menos de 20% recebem tratamento”, alerta ele. “O tabu e a falta de campanhas públicas agravam o problema e elevam os riscos, sendo que homens com baixa testosterona têm três vezes mais risco de depressão”, acrescente o médico especialista.

Prevenção

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George Mantese afirma que é de extrema importância o homem fazer os exames assim que alguma das manifestações da andropausa surgirem. O primeiro passado, explica o especialista, é ter um diagnóstico do problema, através de exames. “A dosagem de testosterona deve ser feita entre 7h e 10h, em jejum, e combinada com avaliação clínica. Novos exames, como a testosterona livre por ultrassensibilidade, aumentam a precisão dos resultados”, conta. 

Outras prevenções citadas pelo médico são o estilo de vida que preserva a testosterona. “Estudo da Universidade de Harvard comprovou que homens com dieta rica em zinco (castanhas, carne magra) e exercícios regulares têm 30% menos risco de desenvolver DAEM precoce”, explica George Mantese.

Mantese também faz um alerta importante. “A terapia com testosterona só é indicada para casos comprovados, mas a procura por automedicação cresceu 40% pós-pandemia”.

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