Apelo pela permanência dos cristãos no Oriente Médio
No discurso, o Papa Leão XIV também reforçou seu apoio aos cristãos que vivem no Oriente Médio, pedindo que não deixem suas terras, mesmo diante da violência e da perseguição. Ele destacou a importância de garantir a esses fiéis o direito de permanecer em suas regiões com segurança e dignidade.
“Os cristãos devem ter a oportunidade, e não apenas em palavras, de permanecer em suas terras natais com todos os direitos necessários para uma existência segura. Por favor, lutemos por isso!”, afirmou o pontífice.
Mediação global e diplomacia religiosa
Desde que foi eleito, o Papa Leão XIV tem adotado um tom diplomático, posicionando a Santa Sé como uma possível mediadora em conflitos globais. Seu discurso ocorre em um momento em que guerras e tensões continuam a afetar diversas regiões, incluindo a Ucrânia, o Oriente Médio e o Cáucaso.
Continua depois da publicidade
O pontífice americano sucede o Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril, aos 88 anos. Seu pontificado já começa marcado por uma ênfase na diplomacia e no diálogo, com um apelo direto aos líderes internacionais para que priorizem a negociação em vez do confronto.
A referência ao Oriente Médio, onde os cristãos têm enfrentado perseguições e deslocamentos forçados, reflete a preocupação histórica da Igreja com a sobrevivência dessas comunidades. Em uma fala carregada de simbolismo, o Papa Leão XIV destacou que aqueles que “semeiam sementes de paz” merecem reconhecimento e apoio.
A Santa Sé já desempenhou papéis importantes em mediações diplomáticas ao longo da história, incluindo o apoio a negociações entre Cuba e os Estados Unidos em 2014, e o Papa Leão XIV parece disposto a manter essa tradição, oferecendo o Vaticano como um espaço neutro para conversas de paz.