Segundo o relatório da Xinhua, os ataques ocorreram principalmente durante o período dos Jogos e teriam ativado supostos backdoors pré-instalados no sistema operacional Windows de equipamentos na região. A ofensiva cibernética teria atingido sistemas como o de registro dos jogos, com o objetivo de acessar dados sensíveis de atletas e outros envolvidos no evento.
Ainda segundo a agência chinesa, os ataques atingiram o ápice no dia 3 de fevereiro, quando foi realizada a primeira partida de hóquei no gelo, e usaram servidores alugados de forma anônima em diversos países da Europa e da Ásia para ocultar sua origem.
O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou as acusações e afirmou que Pequim apresentou suas preocupações formalmente aos Estados Unidos. “Instamos os EUA a adotarem uma postura responsável sobre segurança cibernética e cessarem os ataques e calúnias infundadas contra a China”, disse o porta-voz Lin Jian em coletiva.
A embaixada dos EUA em Pequim não respondeu a pedidos de comentário. Os EUA têm acusado com frequência hackers ligados ao governo chinês de ataques a sua infraestrutura e agências públicas. Em março, o governo americano anunciou denúncias contra supostos cibercriminosos chineses que teriam visado o Departamento de Defesa e o Departamento de Comércio, além de ministérios estrangeiros de países asiáticos.
Pequim nega envolvimento em operações de espionagem digital no exterior e, nos últimos anos, tem feito denúncias semelhantes contra Washington. Em dezembro, o governo chinês afirmou ter neutralizado duas ofensivas cibernéticas norte-americanas contra empresas de tecnologia locais, iniciadas em maio de 2023.
(com Reuters)