De acordo com um estudo da consultoria McKinsey & Company, a computação em nuvem pode gerar até US$ 3 trilhões em valor até 2030. Esse potencial está diretamente ligado à redução e otimização de custos, aumento da produtividade e à criação de novos modelos de negócio. Neste cenário, a arquitetura de sistemas torna-se uma das peças-chave para que empresas de diferentes setores possam aproveitar ao máximo esses benefícios.
Nesse contexto, a atuação de arquitetos de soluções torna-se cada vez mais estratégica. É o que destaca Anderson Juliano Carpinetti Garcia, especialista em arquitetura de software, sistemas distribuídos e soluções em nuvem, com mais de 20 anos de experiência no setor de tecnologia da informação.
“Uma arquitetura bem pensada evita retrabalho, diminui falhas, reduz gastos com manutenção e melhora a escalabilidade dos sistemas. Isso se reflete diretamente nos custos operacionais”, explica Anderson, que também é certificado pela AWS e atua em projetos de alta complexidade para bancos e grandes empresas.
Segundo o especialista, muitos dos desperdícios em tecnologia da informação (TI) ocorrem pela falta de planejamento técnico no início dos projetos, o que leva a sistemas frágeis, lentos ou difíceis de evoluir. “Empresas ainda investem milhões em softwares que não conversam entre si ou que exigem recursos demais para rodar. Isso gera custos desnecessários, além de perda de tempo e produtividade".
Anderson destaca que, com a chegada dos serviços em nuvem, como os oferecidos pela AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, a arquitetura passou a ter papel ainda mais importante. O modelo de cobrança por consumo exige atenção redobrada para evitar desperdícios. “A nuvem é poderosa, mas pode ser cara se mal utilizada. Por isso, projetar soluções com foco em eficiência, automação e elasticidade é essencial para não gerar surpresas na fatura no final do mês".
Ele ainda ressalta que, além disso, boas práticas de arquitetura permitem que os sistemas sejam mais modulares e resilientes, facilitando a manutenção e a adoção de novas tecnologias sem a necessidade de reescrever todo o software. Isso reduz o chamado custo de mudança, que costuma ser um dos maiores gargalos para empresas em fase de crescimento ou transformação digital.
“Quando o sistema é bem arquitetado, ele acompanha o negócio. A empresa cresce, a demanda aumenta, e a tecnologia responde com agilidade — sem precisar investir tudo de novo”, afirma Anderson. "Essa é a diferença entre soluções improvisadas e soluções estratégicas".
Anderson também pontua que a redução de custos não se limita à área de TI: ela impacta diretamente em outras frentes da empresa, como atendimento ao cliente, logística, marketing e até tomada de decisão. “Hoje, a arquitetura de software é uma engrenagem invisível que sustenta o desempenho e a competitividade do negócio".
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