Os exercícios servem como um "aviso severo e uma forte dissuasão" contra as forças separatistas que defendem a independência de Taiwan, disse porta-voz.
O Exército chinês iniciou nesta terça-feira, 1º de abril, exercícios ao redor da ilha de Taiwan, informou o coronel sênior Shi Yi, porta-voz das Forças Armadas chinesas.
Segundo o porta-voz, o comando militar organizou seu Exército, Marinha, Forças Aéreas e de foguetes para se aproximar de Taiwan por várias direções.
“Os exercícios se concentram principalmente em patrulhas de prontidão para combate marítimo-aéreo, tomada conjunta de superioridade abrangente, ataque a alvos marítimos e terrestres e bloqueio de áreas-chave e rotas marítimas para testar as capacidades de operação conjunta das tropas”, informou a agência oficial Xinhua.
“Dissuasão”
Os exercícios servem como um “aviso severo e uma forte dissuasão” contra as forças separatistas que defendem a independência de Taiwan e são “uma ação legítima e necessária para salvaguardar a soberania e a unidade nacional da China”, disse Shi.
O Ministério da Defesa de Taiwan informou que foram identificados 19 navios chineses operando em torno da ilha no início da manhã de terça-feira. “A ilustração da trajetória de voo não foi fornecida, porque nenhuma aeronave da PLA operando em Taiwan foi detectada durante esse período”, diz o informativo.
Segundo o governo de Taiwan, os navios da Marinha chinesa, liderados pelo porta-aviões Shandong, foram detectados em 29 de março, entraram na zona de resposta da olha na segunda-feira, 30, e estão sendo monitorados desde então.
“Nenhuma escalada de conflito” “A RPC [República Popular da China] continua a intensificar as atividades militares na região do Estreito Taiwan e do Indo-Pacífico, intensificando as ameaças militares, desafiando a ordem internacional e a estabilidade regional, tornando-se assim o maior ‘encrenqueiro’ aos olhos da comunidade internacional”, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.
As autoridades da ilha disseram aderir ao princípio de “nenhuma escalada de conflito, nenhuma provocação de disputas”, “respondendo com prudência ao assédio na zona cinzenta para salvaguardar a soberania nacional e a segurança do povo”. As ameaças chinesas ao redor de Taiwan não são novidade.
Em setembro de 2024, o ministro da Defesa de Taiwan disse que “a escala da atividade [militar da China] está ficando cada vez maior, e por isso é mais difícil discernir quando eles podem estar mudando de treinamento para um grande exercício, e de um exercício para guerra.” Estados Unidos
Em janeiro, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, manifestou preocupação sobre “ações coercitivas” da China, governada por Xi Jinping (foto), contra Taiwan em conversa com o seu homólogo chinês, Wang Ti. Em sua audiência de confirmação no Senado americano, Rubio disse que a China é a grande ameaça dos Estados Unidos.
“Nós aceitamos o Partido Comunista Chinês na ordem global, e eles tiram vantagem de tudo. E eles ignoram todas as obrigações e responsabilidades”, comentou. O republicano também mandou um recado aos chineses: de que a Casa Branca retaliará qualquer tipo de invasão chinesa a Taiwan.
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