Jaqueline Severina foi agredida pelo companheiro e jogada pela janela enquanto estava desacordada.
Um relacionamento de 30 anos com marcas de ciúmes, brigas e términos acabou vitimando Jaqueline Severina do Nascimento, de 46 anos. O suspeito do assassinato é o segurança Alberico Luiz de Souza, de 47 anos, que teria jogado a companheira pela janela de uma altura de pouco mais de quatro metros. O crime aconteceu no dia 16 de fevereiro, no bairro do Jordão, Zona Norte do Recife, e Alberito se apresentou espontaneamente à polícia com a orientação de advogados dias depois.
De acordo com o relato do suspeito à Polícia Civil, Alberito contou que a última vez que havia se separado de Jaqueline foi em 2022 e que desde então eles estavam juntos. Ele confessou ter traído a companheira algumas vezes.
Segundo o suspeito, a vítima iria viajar, no dia 14 de fevereiro, para uma festa no município de Aliança com colegas de trabalho e que ela havia comprado um perfume masculino para dar de presente.
A compra levantou suspeitas em Alberito, que acreditou que estava sendo traído. Durante o fim de semana em que a festa de aniversário foi realizada, o casal teria se comunicado pouco por mensagens, o que fez o suspeito crer que Jaqueline estava com outro homem.
Ao voltar de viagem, o casal teria se envolvido em uma briga após o suspeito pedir para olhar o celular de Jaqueline. Ele confessou ter agredido a companheira neste momento. “Peguei ela pelo pescoço e empurrei ela, que caiu entre a cama e o guarda roupa”.
À polícia, o segurança contou que a companheira havia se jogado da janela durante a briga, mas as investigações apontaram que ela já estava desacordada no momento da queda, reforçando a tese de feminicídio. A vítima bateu com a cabeça no chão e não resistiu.
Jaqueline foi socorrida por vizinhos e levada para a Policlínica Amaury Coutinho e precisou ser transferida para o Hospital da Restauração, no Derby. O suspeito acompanhou a vítima até o HR, onde pegou o celular dela e fugiu. Ele ainda pediu para que a filha informasse a senha do aparelho, mas ela teria negado.
Alberito foi localizado pela Polícia Civil, posteriormente, na casa de parentes. Ele estava foragido e ciente de que era procurado. O suspeito vai responder por feminicídio qualificado e pode pegar até 30 anos de prisão.
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