Dançarina, influenciadora e apresentadora é rainha de bateria da Acadêmicos do Tucuruvi, em SP, e desfila neste sábado (1)
Carla Prata se enche de orgulho ao contar que é a primeira rainha de bateria do Carnaval de São Paulo que enfrenta a Avenida com uma doença rara.
Aos 43 anos de idade, a dançarina, influenciadora, apresentadora e ex-bailarina do Domingão do Faustão foi diagnosticada com miastenia gravis anos atrás.
A doença neurológica autoimune provoca fraqueza muscular progressiva e fadiga. Dançarina, influenciadora e apresentadora é rainha de bateria da Acadêmicos do Tucuruvi, em SP, e desfila neste sábado (1).
É uma honra imensa e uma grande responsabilidade ser rainha da Acadêmicos do Tucuruvi tendo miastenia gravis. Me sinto realizada por estar ocupando esse espaço, não só por mim, mas por todas as pessoas que enfrentam desafios semelhantes", avalia. "Ser a primeira rainha de bateria com uma doença rara na história do Carnaval mostra que a beleza, a força e a paixão pelo samba vão muito além de qualquer limitação", acrescenta.
Além de declarar sua paixão pelo samba, Carla quer inspirar outras pessoas a acreditarem nos seus sonhos e entenderem que a inclusão é possível em todos os lugares, inclusive no Carnaval. "O samba é para todos, e estou aqui para provar isso", afirma. "Conviver com a miastenia gravis significa enfrentar diariamente limitações físicas, fadiga muscular e desafios que muitas vezes os outros não enxergam. Mas cada dificuldade que superei me tornou ainda mais forte e determinada a ocupar esse espaço com orgulho", derrete-se.
Ver essa foto no Instagram
Segundo Carla, seu maior desafio no Carnaval não é só o físico, mas o de quebrar os preconceitos e mostrar que a inclusão deve estar presente em todos os lugares. "Quero que a minha história inspire outras pessoas com doenças raras a acreditarem nos seus sonhos, a entenderem que somos capazes e que nossa condição não nos define. Minha força vem do meu amor pelo samba, do apoio da minha comunidade e da certeza de que estou abrindo caminhos para muitas outras pessoas", afirma.
Carla enxerga o Carnaval como mais do que uma festa. "É uma celebração da vida, da resistência e da inclusão. É a prova de que a alegria pode ser um ato de superação e que todos têm o direito de ocupar esse espaço, independentemente de qualquer limitação. Como uma pessoa com miastenia gravis, sei que cada passo meu na Avenida carrega uma mensagem de força e representatividade", analisa.
Apesar de estar sempre positiva, a dançarina sabe que a doença não é simples. "A miastenia gravis impacta minha vida de muitas formas, porque é uma doença neuromuscular que afeta minha força e resistência. Ao longo do tempo, aprendi a respeitar meu corpo, a ouvir seus sinais e a me adaptar para continuar fazendo o que amo, inclusive sambar", explica.
"Infelizmente, o preconceito também faz parte dessa caminhada. Já fui chamada de 'rainha pé na cova' e ouvi muitas coisas cruéis de quem não entende minha condição. Mas transformei essas palavras em combustível para seguir firme, provar que minha doença não me define e que sou capaz de estar onde eu quiser. O Carnaval é um espaço de alegria, diversidade e resistência, e estou aqui para mostrar que ninguém pode limitar os nossos sonhos", acrescenta.
Mín. 21° Máx. 29°
Mín. 21° Máx. 32°
Parcialmente nubladoMín. 20° Máx. 33°
Tempo limpo