Republicano disse ter "muito boa relação" com presidente ucraniano, o qual classificou como "ditador" por não ter realizado eleições
O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 27, ter se esquecido de ter chamado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “ditador”.
Eu disse isso? Não posso acreditar que tenha dito isso”, afirmou ao lado do premiê britânico, Keir Starmer.
Segundo o republicano, ele tem boa relação com Zelensky e com o ditador russo Vladmir Putin.
“Eu me dou bem com ambos. Tenho um relacionamento muito bom com o presidente Putin. Acho que tenho um relacionamento muito bom com o presidente Zelensky“, disse.
A relação entre os dois não é tão boa como Trump declarou.
Nas últimas semanas, o republicano iniciou negociações para o fim da invasão russa à Ucrânia sem a presença de Zelensky.
Além disso, Trump questionou a legitimidade de Zelensky, ao se referir ao término de seu mandato na Ucrânia.
Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rápido ou ele não vai ter mais um país. Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da guerra com a Rússia”, publicou na sua rede social Truth Social.
O bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), se uniu ao republicano e fez um desafio ao presidente da Ucrânia.
Musk afirmou que Zelensky teme ser derrotado em novas eleições, pois, segundo ele, “não tem aprovação popular”.
“Se Zelensky fosse realmente amado pelo povo da Ucrânia, ele realizaria uma eleição“, publicou o CEO da Tesla.
Em 2019, Zelensky foi eleito para um mandato de cinco anos com previsão de término para maio do ano passado.
A invasão russa e a instauração da Lei Marcial ucraniana, contudo, impediram que o país realizasse um novo pleito.
De acordo com a legislação da Ucrânia, a Lei Marcial proíbe eleições presidenciais.
Por essa razão, Zelensky permanece no cargo.
Para Kiev, a prioridade é vencer a guerra e impedir o avanço russo.
Com o clima mais ameno, o presidente ucraniano viajará a Washington para assinar um acordo com o republicano, possivelmente sobre a exploração de minerais ucranianos.
“Hoje, houve muito trabalho internacional. Nossas equipes estão trabalhando com os Estados Unidos enquanto nos preparamos para as negociações desta sexta-feira. O acordo com os EUA. O apoio do nosso país e do nosso povo“, escreveu no X.
Segundo o presidente ucraniano, o apoio dos EUA na guerra contra a Rússia não pode ser interrompido.
“Garantias de paz e segurança são a chave para garantir que a Rússia não possa mais destruir as vidas de outras nações. Eu me encontrarei com o presidente Trump.
Para mim e para todos nós no mundo, é importante que o apoio dos EUA não seja interrompido. Força é necessária no caminho para a paz. Sou grato a todos os parceiros que continuam nos apoiando e a todo o nosso povo que acredita na Ucrânia”, afirmou.
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