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Ativismo judicial eleva risco-país no Brasil

Ativismo judicial eleva risco-país no Brasil

27/02/2025 às 19h04
Por: Redação Fonte: Agência Crusoe
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Ativismo judicial eleva risco-país no Brasil

Ativismo judicial eleva risco-país no Brasil

 

Pesquisa do Instituto Millenium apontou quadro de deterioração do país nos principais indicadores de risco

O Brasil é o país com o pior desempenho no ranking de risco-país de 2024, segundo um estudo do Adam Smith Center For Economic Freedom em parceria com o Instituto Millenium.

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A pesquisa analisou os fatores políticos, econômicos, sociais e internacionais de seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador e México.

Na escala de 1 a 5, o índice brasileiro passou de 3.07 para 3.32.

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Quanto maior o número, maior o risco-país.

Os pesquisadores entrevistaram representantes do setor acadêmico, corporativo, civil e do governo.

Ativismo judicial

Uma das principais causas do aumento da percepção de risco é o fortalecimento do ativismo judicial no país.

"O principal fator de deterioração institucional foi a questão do ativismo judicial, que não é restrito só ao Supremo Tribunal Federal, mas o ativismo se reflete em todo o sistema judiciário.

Na medida em que você cria, por exemplo, prerrogativas para aumentar o escopo de atuação de uma Corte de qualquer instância ", afirma o pesquisador associado do Instituto Millenium, Paulo Resende.

Segundo o pesquisador, houve ainda uma piora na confiança sobre partidos políticos e na percepção da relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo

"Uma das causas apontadas é que a preferência da população migrou mais para a direita, no sentindo oposto ao governo", diz Resende.

A percepção sobre a possibilidade de um golpe de Estado, contudo, ficou menor em comparação ao mesmo levantamento do ano passado.

Gastos do governo

O problema do descontrole fiscal do governo Lula (PT), puxado pelos gastos desenfreados, também contribuiu para a elevação da percepção de risco.

"A expectativa de que, em algum momento do futuro, vai ser necessário fazer um aperto fiscal significativo para justamente lidar com a questão da dívida. A incerteza que isso gera em relação aos investimentos é muito grande", afirma Resende.

A crise fiscal, que desencadeou na elevação da taxa de juros básicos, a taxa Selic, afasta os investidores do Brasil.

No caminho contrário, a Argentina foi a nação que apresentou a melhor evolução no ranking.

O país presidido por Javier Milei passou de 3.49 para 3.06.

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