Guerra cibernética: FBI atribui roubo de Criptomoedas à Coreia do Norte
Uma empresa especializada em segurança cibernética já classificou o país como "o ciberladrão mais prolífico globalmente"
A operadora de criptomoedas Bybit, com sede em Dubai, confirmou um incidente de segurança que resultou no roubo de 400.000 unidades de ethereum.
Os cibercriminosos conseguiram contornar os protocolos de proteção durante uma transação e transferiram os ativos para um endereço desconhecido.
O FBI revelou que a Coreia do Norte é apontada como a responsável por esse roubo, cujo valor total é estimado em cerca de 1,5 bilhão de dólares.
A Polícia Federal dos Estados Unidos identificou o grupo envolvido como ‘TraderTraitor’, também conhecido como Grupo Lazarus.
De acordo com um comunicado emitido pelo FBI, os membros do Grupo Lazarus agiram rapidamente após o roubo, convertendo uma parte dos ativos furtados em bitcoin e outras criptomoedas.
Esses valores foram distribuídos por milhares de endereços em diversas cadeias de blocos. As autoridades acreditam que os recursos passarão por processos adicionais de lavagem antes de serem eventualmente trocados por moedas fiduciárias.
O Grupo Lazarus se tornou notório há cerca de dez anos, sendo acusado de realizar um ciberataque contra a Sony Pictures, supostamente como retaliação pelo lançamento do filme “A Entrevista”, que satirizava o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Além disso, o grupo foi vinculado ao roubo histórico de 620 milhões de dólares (aproximadamente 3,6 bilhões de reais) em ethereum e USD Coin da plataforma Ronin Network em 2022.
Em dezembro passado, as autoridades dos Estados Unidos e do Japão atribuíram ao grupo um furto que superou 300 milhões de dólares (1,7 bilhão de reais) da exchange japonesa DMM Bitcoin
O programa de guerra cibernética da Coreia do Norte existe desde a década de 1990 e é considerado um dos mais avançados do mundo.
Uma empresa especializada em segurança cibernética já classificou o país como “o ciberladrão mais prolífico globalmente”.
Atualmente, acredita-se que Pyongyang mantenha pelo menos 6.000 agentes dedicados a essas operações, organizados sob uma entidade conhecida como ‘Bureau 121’, conforme relatório americano divulgado em 2020.
Um painel da ONU afirmou no ano passado que Pyongyang roubou mais de 3 bilhões de dólares em criptomoedas desde 2017.
A maioria dos crimes cibernéticos seria comandada pelo Escritório Geral de Reconhecimento, principal agência de inteligência exterior norte-coreana. O painel afirmou que o dinheiro roubado ajuda a financiar o programa norte-coreano de armas nucleares.
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