Estudantes de três escolas da rede pública estadual de Sergipe conquistaram medalhas no Aberto Nacional de Xadrez, competição que reuniu enxadristas de diversas faixas etárias e categorias, incluindo masculino, feminino, infantil, juvenil e sênior. As unidades premiadas foram o Centro de Excelência em Educação Profissional José Figueiredo Barreto, o Centro de Excelência Profissionalizante Professora Neuzice Barreto e a Escola Estadual Professor Diomedes Santos da Silva.
Na categoria Pessoa com Deficiência (PCD), o Centro de Excelência em Educação Profissional José Figueiredo Barreto, localizado em Aracaju, garantiu o terceiro lugar com o estudante Arthur Lima Castellani, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Representando também a escola na categoria Geral, participou a aluna Gabriele Brabec. Ambos foram acompanhados por professores e equipe gestora. O resultado destaca o compromisso da instituição com a inclusão e com práticas pedagógicas que promovem o desenvolvimento integral dos estudantes.
Para a diretora da escola, Deise Nascimento, a conquista é fruto de um trabalho contínuo e comprometido com a valorização de cada aluno. “Fazemos aqui o ato de inclusão e mostramos que eles são capazes e podem superar limites. Não vejo a necessidade de criar barreiras, mas sim de oportunizar. Sempre vou encorajá-los, apoiar e torcer por cada um”, afirmou.
O professor de Educação Física, Sérgio Santos, ressaltou os benefícios do xadrez como ferramenta educativa. “Do ponto de vista cognitivo, o xadrez melhora a concentração e a atenção. Já na parte socioemocional, ele ajuda no controle de impulsos, desenvolve a paciência, a resiliência e promove a interação social. A inclusão de estudantes PCDs em atividades esportivas é essencial para promover igualdade de oportunidades e desenvolvimento pleno”, pontuou.
Xadrez como prática inclusiva
Arthur descreveu sua participação como uma experiência marcante. “Não só pelo acolhimento e por ter jogado, mas também pela experiência em si. Muita gente acha que autistas não conseguem fazer as coisas, mas nesse campeonato eu mostrei o contrário. Me diverti bastante e fiquei feliz com a companhia dos meus amigos, da diretora, do professor e da minha família. Espero participar de outros campeonatos como esse”, contou.
Samantha Lima, mãe de Arthur, também celebrou a conquista. “Cada passo, cada superação, carrega muito mais do que uma medalha – carrega amor, acolhimento e incentivo. Ter uma escola que enxerga, acolhe e acredita faz toda a diferença. O esporte tem transformado a vida dele, e a escola tem sido parte fundamental dessa conquista. Agradeço à Deise, ao professor Sérgio e a toda a equipe escolar por caminharem junto com meu filho”, destacou.
Meninas no Xadrez
Já na categoria Geral Feminino, a aluna Islayne Alberta Santos Santana, do Centro de Excelência Profissionalizante Professora Neuzice Barreto, foi a grande campeã. Emocionada com a conquista, ela compartilhou o significado da vitória. “É extremamente gratificante conquistar o lugar mais alto do pódio representando Sergipe e levando mais visibilidade ao xadrez feminino do nosso estado. Essa vitória não é apenas uma medalha; é um símbolo do meu esforço e resistência. Cada conquista como essa fortalece meu espírito e renova minha vontade de continuar evoluindo, enfrentando desafios e buscando sempre o melhor de mim mesma. Que isso seja o começo de muitas outras, e espero ter a oportunidade de conquistar muitas mais para o nosso estado”.
A vice-campeã da categoria foi a estudante Maria Vitória Santos Aragão, da Escola Estadual Professor Diomedes Santos da Silva, a qual também representou Sergipe com destaque e dedicação durante o torneio. “Foi uma experiência muito boa porque eu sei que me esforcei o máximo e com esse esforço fiquei no pódio em uma competição importante. E o que representa ganhar uma medalha é o esforço para ter chegado até ali, independentemente de ser primeiro, segundo ou terceiro lugar”, conclui.
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