Com a Orla da Gararu repleta de alunos, professores, comunidade escolar e a população local, o Festival Junino da Educação (Fejune) chegou à Diretoria Regional de Educação (DRE 7), nesta quarta-feira, 11. Danças juninas e apresentações culturais regionais marcaram a quarta noite do festival, que já aconteceu nas diretorias regionais do baixo São Francisco, do alto sertão, do leste sergipano, grande Aracaju, sul e centro-sul sergipano.
O secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, descreve esse momento como oportuno, não só para a descontração entre as escolas, mas também um momento em que a cultura da região é apresentada por meio dos alunos que estudam e se aprofundam mais sobre a história da sua cidade e da sua região. “É um momento de todos vivenciarem as tradições, os nossos costumes e até levá-los para as gerações mais jovens. Um momento de confraternizar e pedagogicamente trabalhar ludicamente a história, a geografia”, destacou.
Cerca de 300 alunos das 13 escolas que compõem a DRE 7 estiveram presentes no evento que, além de cultural, foi pedagógico. "Esse evento é ótimo para podermos compartilhar conhecimentos. Eu, por exemplo, vim para as barracas, então, para estar ali, eu precisei me aprofundar mais sobre o São João e sobre as festas juninas", explica Yuri Gabriel, aluno do Centro de Excelência Governador Lourival Baptista, no município de Porto da Folha.
A tarde e início da noite no município foram embaladas pelas apresentações de quadrilhas juninas, cordel, samba de coco, forró, xaxado e a dança do Toré, uma manifestação cultural dos povos indígenas que mistura canto, dança e ritmo.
Gustavo Marciel é aluno do Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, no município de Porto da Folha, único colégio indígena do estado de Sergipe. Para ele, o evento foi um sucesso, pois além de poder, apresentar ao público a dança do Toré, pode descobrir outras culturas nordestinas que ainda não conhecia, tornando assim o evento um lugar de intercâmbio cultural enriquecedor.
"É a primeira vez que eu participo do evento e eu achei ele surreal, pois a partir daqui podemos conhecer mais sobre a cultura nordestina e valorizá-la para não deixar morrer. Para mim, é para o povo Xokó, trazer a dança do Toré para que eles conheçam e possam ter uma demonstração de respeito", completa o aluno.
A gestora do Centro de Excelência Almirante Tamandaré, de Nossa Senhora de Lourdes, pontuou a importância da representatividade desse evento para a cultura. "Esse evento é muito legal, pois ele enaltece e reforça a nossa cultura, tornando-o assim um momento de descontração e de lazer não só para os alunos mas também para a comunidade escolar, sinalizando assim o fim desse primeiro semestre letivo". A unidade apresentou a todos o xaxado, abordando o cangaço.
Programação
Essa foi a primeira vez que o Fejune aconteceu em Gararu, cidade sede da DRE 9. Para a gestora da Diretoria, Maria das Graças Albuquerque, o evento mostrou o quanto a cidade está apta para receber essa festividade. "Fazer o Fejune aqui em Gararu nos mostrou uma receptividade muito grande pelos gararuenses, já que não tinha sido aqui nas outras edições. Então, trazer aqui para Gararu foi muito significativo", afirma a gestora.
O evento iniciou com um trio pé de serra, Gaúcho do Acordeon e chegou ao fim na noite da quarta-feira com um show do cantor local que fechou a noite com chave de ouro.
Na próxima terça-feira, 17, acontece em Nossa Senhora das Dores e Itabaiana, fechando o ciclo do Fejune nas Diretorias Regionais de Educação. O Fejune 2025 finalizará no dia 18 de junho com o tradicional Forró do EducaGente, no Complexo Administrativo e Pedagógico da Seed, que entra em sua 14ª edição.