A previsão é que o documento protocolado pelo vereador seja lido na próxima sessão, que deve ocorrer nesta quinta-feira (12).
O vereador de Paraipaba, Renan Martins (Republicanos), suspeito de conduzir o veículo que colidiu e matou duas adolescentes que trafegavam em uma moto, em janeiro deste ano, num trecho da rodovia CE-162 que corta a cidade, ingressou com um pedido de renúncia do mandato nesta quarta-feira (11).
A informação foi confirmada ao Diário do Nordeste pelo presidente da Câmara Municipal de Paraipaba, o vereador Felipe Rodrigues (Republicanos), que disse ter assinado a solicitação e dado encaminhamento para o procedimento.
O político ainda enviou uma nota, publicada pela Casa Legislativa. No comunicado, o Legislativo alegou que “os trâmites necessários já estão sendo realizados para a nomeação do vereador suplente que assumirá o cargo em definitivo”.
No ofício que formalizou o pedido de renúncia, ao qual a reportagem teve acesso, Renan Martins afirmou que as razões que motivaram a decisão “são de cunho estritamente pessoal e por motivos de saúde” dele e dos familiares.
A previsão é que o documento protocolado pelo vereador seja lido na próxima sessão, para o suplente ser empossado, que deve ocorrer nesta quinta-feira (12).
Renan ficou de licença da cadeira de vereador por 90 dias e retornou para o exercício do mandato na última quinta-feira (5). No retorno, ele foi alvo de protesto pela população local durante a sessão legislativa.
De volta ao Plenário, ele foi recebido com gritos de “assassino” por familiares das meninas e populares, que carregavam cartazes pedindo a sua prisão. Agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal foram convocados para reforçar a segurança no local.
Os trabalhos duraram cerca de 15 minutos e foram encerrados após o presidente da Casa afirmar que há um processo administrativo contra Renan em andamento e que mais esclarecimentos serão dados no momento oportuno. “A família já está ciente, a justiça está sendo feita”, disse ele na oportunidade.
Em março, o Legislativo começou a analisar um pedido de cassação do mandato. Foi instalada uma comissão processante para verificar se o incidente envolvendo Renan caracterizou quebra de decoro parlamentar.
Devido ao impasse, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a continuidade do processo administrativo na Câmara, em decisão proferida na última terça-feira (3). A expectativa era de que o relatório fosse concluído no fim deste mês.
A reportagem não conseguiu localizar o vereador Renan Martins. O conteúdo será atualizado no caso de uma eventual manifestação do parlamentar.