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Órgãos estaduais realizam ação em Unidade de Conservação e Área de Preservação Permanente em Poço Redondo

A operação visou a educação ambiental e a fiscalização para a retirada de manadas de gado que estivessem irregularmente no local

11/06/2025 às 14h26
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Fotos: Ascom Adema
Fotos: Ascom Adema

A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) e a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), realizaram ação conjunta, nesta terça-feira, 10, para garantir a preservação da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural Grota do Angico (MONA Grota do Angico), além de Área de Preservação Permanente (APP) do Rio São Francisco, localizadas no município de Poço Redondo.

Durante a ação, a equipe da Semac, responsável pela da Unidade de Conservação, transmitiu, através de carro de som na comunidade, alertas para a população sobre a irregularidade em deixar o gado acessar a UC. No momento da operação, foram encontrados apenas vestígios da passagem do gado, mas sem a presença dos animais. Contudo, com a ajuda da Polícia Militar do comando do município, tratativas estão sendo realizadas para identificar os proprietários que costumam deixar o gado solto na área.  

De acordo com  o engenheiro florestal da Adema, Aijalon Sousa, o MONA Grota do Angico é classificado como Unidade de Conservação de Proteção Integral, onde não é permitido o uso direto dessa área para preservar a natureza e cultura. “Portanto, o pastoreio de animais considerados exóticos, neste caso, o gado, é crime ambiental, pois impede a regeneração da mata de sub-bosque, necessária para a manutenção e existência da Caatinga”, enfatiza. 

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Flagrante

Já no povoado de Bom Sucesso, a comitiva registrou flagrante de bovinos pastando às margens do Rio São Francisco. Por se tratar de Área de Preservação Permanente (APP), a atividade de pastoreio é considerada ocupação irregular de APP. Os proprietários foram identificados no local e orientados a removerem imediatamente os animais, sendo advertidos, posteriormente pela Adema. Também foi solicitada a limpeza dos resíduos, além de doação de mudas ao município, como forma de compensação ambiental. O documento será emitido pela Adema, e sua execução supervisionada pela Sema de Poço Redondo.

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Para a gestora da UC e bióloga da Semac, Valdelice Leite, os cuidados que os donos de gado devem ter em relação ao acesso à água pelos animais são extremamente importantes. “Unimos forças com órgãos da Administração Pública para uma operação mista, com atividade coercitiva e educacional. Esse pastoreio indiscriminado não pode acontecer em APP. O gado pode ter acesso à água, mas não pode ficar pastando e gerando resíduos. Em área de Unidade de Conservação de Proteção Integral é ainda mais sério, não sendo permitido nem a presença dos animais na mata”, afirma. 

Segundo o engenheiro florestal Aijalon Sousa, o órgão ambiental pode apenas notificar o proprietário, sem a apreensão dos animais. “O Decreto 6.514/18 propõe que o proprietário possa se adequar e remover os animais. Eles também foram orientados a evitar trazer os animais para o local novamente. Essa ação é importante para poder sensibilizar as pessoas e mostrar a importância das APPs, que possuem seu papel na preservação ambiental”, conclui.
 

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