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Governo da Paraíba estabelece medidas em saúde pública e reforça necessidade de vacinação contra influenza

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), estabeleceu medidas de contingência em razão do aumento dos casos de Síndrom...

10/06/2025 às 11h24
Por: Redação Fonte: Secom Paraíba
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Foto: Reprodução/Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), estabeleceu medidas de contingência em razão do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de origem viral. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (10) e define a necessidade de ações para conter o avanço das doenças respiratórias, que afetam principalmente crianças e idosos, públicos mais vulneráveis e com baixa adesão à vacinação contra a influenza.

O documento oficial determina que todas as unidades de saúde do Estado adotem medidas como a ampliação de leitos pediátricos e o monitoramento diário da taxa de ocupação hospitalar. A SES será responsável por expedir as normas necessárias e garantir a execução dessas ações. O secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, ressaltou que o aumento dos casos infelizmente já era esperado e que a Paraíba vem se preparando desde o mês de abril para enfrentar o período de maior circulação viral.

“A Secretaria de Estado da Saúde publicou no Diário Oficial desta terça-feira medidas de enfrentamento para os casos de síndromes respiratórias agudas graves. Dados epidemiológicos demonstram que desde o início do mês de abril o número de casos tem aumentado em nosso estado. Isso é uma tendência nacional e aqui na Paraíba nós temos nos preparado para acompanhar essa sazonalidade desde o mês de abril”, afirmou.

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Ele também destacou os investimentos já realizados e as novas ações para fortalecer a rede de saúde. “De lá até aqui foram cerca de R$ 6 milhões investidos só para o atendimento do público pediátrico e já abrimos mais de 100 leitos de enfermaria e 46 leitos de unidade de terapia intensiva. A partir desta publicação no Diário Oficial de hoje, vamos intensificar ainda mais as medidas, seja na nossa rede, com a abertura ainda nesta semana de leitos de enfermaria nos hospitais de Cajazeiras, Catolé do Rocha e Pombal e de leitos de terapia intensiva em Sousa, Patos, Campina Grande e João Pessoa. Esse investimento vai somar mais R$ 3 milhões aos recursos que o Estado já vem aplicando para dar atendimento de qualidade e acolher esta demanda crescente”, destacou.

As medidas têm como base o cenário epidemiológico atualizado pela Vigilância em Saúde da Paraíba, que indica que de janeiro até agora foram registrados 2.036 casos de síndrome respiratória em todo o estado. Desses, 137 foram causados por Influenza, 157 por Covid-19, 107 por Vírus Sincicial Respiratório, 175 por Rinovírus e 117 por outros vírus respiratórios. Ainda há 972 casos sem especificação do vírus.

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Até o dia 9 de junho, foram confirmados 92 óbitos por SRAG com vírus identificado, sendo 49 por Covid-19, 15 por Influenza e 28 por outros vírus respiratórios. Entre os 43 óbitos que não foram causados por Covid-19, nove eram de crianças com até quatro anos e 22 eram de idosos com mais de 60 anos. Esses grupos integram o público-alvo da campanha de vacinação contra a influenza, o que evidencia o impacto da baixa adesão vacinal.

O secretário enfatizou que, além de reforçar a estrutura hospitalar, o governo estadual decidiu ampliar o programa Vacina Mais Paraíba, com incentivos para que a meta de vacinação de 90% da população vulnerável seja atingida. “Em diálogo com todos os secretários municipais de saúde, decidimos ampliar o programa Vacina Mais Paraíba, que antes proporcionava R$ 500 de bonificação para cada sala de vacinação que atingisse a meta da cobertura vacinal, mas agora vai pagar R$ 1.000 para incentivar ainda mais as equipes dos 223 municípios paraibanos a fazer a busca ativa por esses pacientes que ainda não se vacinaram”, disse Ari Reis.

A campanha de vacinação contra a influenza foi prorrogada até 31 de julho, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal entre os grupos prioritários. Até agora, a cobertura vacinal está muito abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde, alcançando apenas 35,69% entre crianças e 37,92% entre idosos. A vacinação é a principal forma de evitar quadros graves. As doses estão disponíveis nas salas de vacinação de todos os municípios e são indicadas para pessoas a partir de seis meses de idade.

Ele reforçou o apelo à população para adesão à campanha: “E nós, enquanto secretaria, reforçamos aos pais, mães, responsáveis, jovens, adultos e idosos, que procurem uma das 1.330 salas de vacinação do nosso estado, atualizem o calendário vacinal, se protejam e protejam a saúde dos seus pares e da nossa rede de saúde pública. Os casos graves e as perdas podem ser evitados com a vacina”, enfatizou Ari Reis.

A SES recomenda que casos leves de sintomas gripais sejam atendidos nas Unidades Básicas de Saúde para evitar a superlotação dos serviços de urgência. Em casos de febre alta persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito ou recusa alimentar, a recomendação é buscar atendimento médico imediato.

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