Segundo painel do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), apenas Caruaru, com investimento de R$ 13,88 milhões, e Vitória de Santo Antão, com R$ 2,69 milhões, estão fora do ranking.
Dos 10 municípios que mais gastam com o artistas no São João, até esta sexta (6), oito estão entre os com piores IDH’s (Índice de Desenvolvimento Humano) de Pernambuco.
Os dados são do Portal de Transparência dos Festejos Juninos, do Ministério Público de Pernambuco.
Apenas Caruaru, com investimento de R$ 13,88 milhões, e Vitória de Santo Antão, com R$ 2,69 milhões, estão fora deste ranking.
Na liderança, Itapetim, que destinará R$ 1,71 milhão para cachês artísticos nos três dias de festas juninas, de 28 a 30 de junho. O valor está distribuído em seis atrações, mas só Natanzinho Lima receberá R$ 600 mil por cerca de 1h40 de show.
Itapetim é um município do Sertão pernambucano, na divisa com o estado da Paraíba, com uma população de 14.232 habitantes, segundo o último censo, e com IDH de 0,592.
Logo depois vem Ibimirim, no Agreste e com população de 28.760 habitantes. As festividades começam nesta sexta (6) e vão até o dia 11, com sete atrações, incluindo Zezé de Camargo. O custo: R$ 1,31 milhão. O IDH: 0,552.
Saloá, outro município do Agreste, com 14.173 moradores, desembolsará R$ 1,25 milhão para apenas dois dias de festas: dia 10 de junho e 6 de julho, que apresenta o Projeto À Vontade e seus R$ 800 mil de cachê. Seu IDH é de 0,559.
Na quarta posição, Camocim de São Félix, no Agreste. O município, com IDH de 0,558 e 17.991 habitantes, gastará R$ 980 mil com dez dias (começou no dia 1º e termina no dia 29 de junho) de shows e 17 atrações.
Tacaimbó vem a seguir pagando de cachês R$ 800 mil. O município agrestino começou as festividades no dia 15 de maio e até 28 de junho terá mais seis dias de shows e sete apresentações. A população é de 1.277 tacaimboeneses, que vivem com um IDH de 0,554.
Flores é o sexto lugar na lista dos dez municípios que mais gastam com o São João e está entre os piores IDH do estado (0,556). 20.835 habitantes florenses terão cinco dias de shows (de 7 a 22 de junho) e oito atrações, que custarão aos cofres do município R$ 630 mil.
Pior IDH
Na sétima posição, São Joaquim do Monte, no Agreste pernambucano, com população de 20.440 habitantes. Do dia 1º a 29 de junho, 17 artistas e bandas subirão ao palco, em total de R$ 600 mil em cachês. Das oito cidades, é a com o pior IDH: 0,537.
Para fechar o ranking, Jaqueira (IDH 0,575), outro do Agreste, e com a menor população da lista, apenas 10.483 habitantes. Os jaqueirenses terão cinco dias de apresentações (de 12 a 28 de junho) e 11 atrações ao custo de R$ 560 mil.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e se baseia em dados coletados sobre renda, educação e saúde para avaliar o desenvolvimento de cada município, estado ou país.
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