Em função da nova sistemática de tributação do setor farmacêutico, a Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE) reuniu profissionais do segmento para explicar as mudanças, válidas a partir de 1º de junho. O objetivo do novo modelo é simplificar o recolhimento e tornar os critérios mais claros.
A secretária executiva da Receita Estadual, Liana Machado, destacou que os estudos para a adaptação iniciaram ainda em 2023 a partir de demandas formuladas por representantes do setor, como o Sindicato do Comércio Atacadista de Medicamentos, Perfumaria, Higiene Pessoal e Correlatos do Estado do Ceará (Sincamece) e o Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma).
“Houve uma percepção conjunta, tanto da parte do Fisco como dos contribuintes, que havia a necessidade de haver uma mudança legislativa, normativa. A nossa legislação é bem antiga, de meados de 2008, e, de lá para cá, o formato do segmento passou por mudanças significativas que, muitas vezes, nós, do Fisco, desconhecíamos”, afirmou.
A partir da escuta ativa das reivindicações setoriais, a Sefaz-CE iniciou a prospecção de um modelo que atendesse as necessidades do Fisco e dos contribuintes de forma mais adequada. “Com a proximidade da reforma tributária, nós precisamos reunir nossas coragens e dar andamento a esse processo, que não é perfeito, mas foi o possível dentro dos desafios que tínhamos”, ressaltou Liana Machado.
A secretária executiva do Tesouro Estadual ainda pontuou que as mudanças favorecem a conformidade fiscal do setor, além de promover uma concorrência mais leal entre os atores econômicos.
Para o coordenador de Monitoramento e Fiscalização (Comfi), Jorge Sabóia, o momento é de virada de chave para o setor farmacêutico. “Atualmente, a gente tem uma legislação muito complexa em relação à operacionalização do setor. Esse novo decreto vem exatamente resolver essa questão, trazendo simplicidade, transparência e justiça fiscal”, ressaltou.
A coordenadora de Tributação (Cotri), Valéria Rangel, também destacou o esforço da Secretaria e do setor para chegar a um denominador comum. “Esse modelo é uma vitória. Foram muitas reuniões para chegarmos a um acordo, porque o objetivo desse decreto é simplificar, trazer a possibilidade, tanto do contribuinte quanto do auditor, conseguir enxergar a operação de maneira clara”, reforçou.
Na ocasião, Valéria Rangel e Cristina Moura, orientadora da Célula de Gestão Fiscal dos Setores Econômicos (Cesec), apresentaram de forma prática as mudanças na rotina tributária às quais os contribuintes precisam ficar atentos.
O presidente do Sincamece, Fernando Timbó, agradeceu a abertura da Sefaz-CE para discutir o tema e para atender aos pedidos do segmento. “Gostaria de parabenizar toda a equipe do secretário Fabrízio (Gomes) pela abertura. A Sefaz sentou conosco, olhou o canal farma, o canal hospitalar, centro de distribuição, varejo, atacado. Foi um modelo construído a quatro mãos”, detalhou.
O diretor do Sincofarma, Maurício Filizola, também jogou luz à trajetória de respeito mútuo que marcou a elaboração do novo modelo tributário. “Parabenizo e agradeço ao time da Sefaz por acreditar no setor, pela confiança depositada ao longo da construção desse decreto. A nossa luta, do varejo, sempre foi para que houvesse diálogo e para que pudéssemos contribuir para a conformidade. Essa responsabilidade, das empresas em contribuir da forma correta e da Sefaz em aplicar esses recursos, principalmente na área social, é muito importante”.
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