O governador Fábio Mitidieri recebeu nesta sexta-feira, 30, a confirmação da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que a estatal assinou acordo para reassumir a fábrica de fertilizantes em Sergipe, atualmente Unigel, que estava parada desde 2023 por dificuldades financeiras da empresa. A unidade estava arrendada à iniciativa privada desde 2020, mas, com o acordo, ela volta a ser administrada totalmente pela Petrobras, retomando as operações como Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen).
A conquista se deu após várias tratativas do governador Fábio Mitidieri para o recomeço das operações, em reuniões na sede da estatal, no estado do Rio de Janeiro, e com a Unigel, com a presidente Chambriard. O acordo anunciado nesta sexta-feira estabelece o encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as partes.
“A partir de agora, a Petrobras oficialmente retoma a operação da Fafen, e, até o final do ano, ela volta a produzir fertilizantes. Notícia excelente para o estado de Sergipe nesta sexta-feira, quando abrimos o Arraiá do Povo. Lutamos muito por essa retomada”, comemorou o governador. O acordo da Petrobras também alcança a fábrica de fertilizantes em Camaçari, na Bahia.
Edital
O próximo passo da Petrobras será lançar o edital de licitação para contratar serviços de operação e manutenção das fábricas de Sergipe e da Bahia. De acordo com a estatal, a Fafen-SE tem capacidade de produção de 1,8 mil toneladas de ureia por dia e potencial de comercialização de amônia, gás carbônico e sulfato de amônio.
A Fafen Sergipe foi arrendada pela estatal à Proquigel, subsidiária da Unigel e uma das maiores empresas químicas do país, com filial no México, no ano de 2019, mas a produção estava parada desde 2023 por dificuldades financeiras da empresa. A retomada da gestão da Petrobras busca a produção e comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e transição energética. Os fertilizantes nitrogenados são muito usados na agropecuária, setor econômico muito forte no país, que, por esta razão, acaba importando 80% do volume que utiliza na produção agrícola.
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