A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental (Gvsam), vem intensificando suas ações voltadas à implantação do Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) nos municípios sergipanos considerados prioritários. Na última quarta-feira, 28, a cidade de Poço Redondo recebeu a visita técnica da equipe para a discussão de várias temáticas.
Na ocasião, foram abordados temas como os impactos dos agrotóxicos na saúde humana; formas de exposição direta e indireta; importância da notificação de casos suspeitos de intoxicação; e diretrizes para o fortalecimento da vigilância em saúde ambiental no contexto rural.
Segundo o coordenador Estadual de Vigilância Sanitária, Ávio Britto, a iniciativa reforça o compromisso da secretaria com a saúde pública. “É fundamental assegurar a segurança das populações expostas, promovendo ações intersetoriais e baseadas em evidências para enfrentar os desafios relacionados ao uso de agrotóxicos em Sergipe”, destacou.
A fiscal da Vigilância Sanitária Ambiental e palestrante do curso, Rosimery da Silva, destacou que as ações têm o objetivo de qualificar os profissionais da área. “A nossa intenção é fortalecer a identificação, notificação e o acompanhamento de casos relacionados à exposição a agrotóxicos. As capacitações abordam o tema de acordo com as diretrizes nacionais conforme a elaboração do plano de ação municipal, formação e formalização do grupo de trabalho”, explicou.
Sobre o programa
O Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) que visa identificar, monitorar e prevenir os efeitos à saúde humana decorrentes da exposição a agrotóxicos. A atuação envolve vigilância ativa, ações educativas, coleta e análise de dados, e a promoção de ambientes saudáveis, contribuindo para a redução de agravos associados a essas substâncias.
De acordo com o gerente da Gvsam, Alexsandro Bueno, é oferecido suporte técnico operacional aos municípios, promovendo capacitações e acompanhamento da coleta de amostras de água para análise de resíduos de agrotóxicos. “Identificamos a população potencialmente exposta e reforçamos as ações de comunicação em saúde. A atuação da gerência tem sido fundamental para o fortalecimento da rede de vigilância, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de riscos ambientais no estado”, salientou.
Em Sergipe, a implantação do programa segue critérios técnicos de priorização, como a intensidade do uso de agrotóxicos, a extensão das áreas agrícolas e o número de casos notificados de intoxicação por agrotóxicos de uso agrícola. Esses dados permitem uma atuação mais eficaz e direcionada, com foco nos territórios de maior vulnerabilidade.
A agente comunitária de saúde do povoado Santa Rosa, Vanda Alves, classificou como ‘super importante’ o curso da VSPEA. “Como agente de saúde é interessante ter momentos como esse, para que a gente aprimore nosso conhecimento e ajude os produtores rurais a utilizar os EPIs”, contou.
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