ONG repudia tentativa do governo federal de cobrir gastos excessivos do Executivo, Legislativo e Judiciário com IOF.
A Transparência Internacional – Brasil criticou nesta quarta-feira, 28, a decisão do governo federal de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com o objetivo de cumprir a meta fiscal de 2026.
Segundo a ONG, os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – são responsáveis por drenar os recursos públicos, e o governo está “jogando a conta das instituições nas costas do pagador de impostos”.
Ao invés de atacar os privilégios, desperdício e corrupção, governo propõe aumentar ainda mais os impostos pra cobrir o rombo fiscal.
Mas a sociedade e o mercado não devem cobrar apenas o Executivo. Hoje a farra das emendas no Legislativo é um dreno bilionário de recursos sem transparência, ineficiente e corrupto, assim como os fundões eleitorais e partidários.
Já o Judiciário é fonte de notícias diárias de supersalários e privilégios vergonhosos.
Enquanto o Brasil continuar jogando a conta de suas instituições extrativistas nas costas do cidadão pagador de impostos, jamais alcançará um desenvolvimento sustentável e justo”, escreveu a ONG no X.
A Receita Federal projeta uma arrecadação próxima de R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, a partir da medida anunciada na quinta-feira, 22.
Na semana passada, a equipe econômica do governo anunciou aumento nas alíquotas do IOF, e voltou atrás de parte do decreto horas depois, após alertas sobre as consequências da medida para investimentos de brasileiros em fundos no exterior.
Originalmente, o governo pretendia reforçar o caixa em 20,5 bilhões de reais em 2025 e em 41 bilhões de reais no ano que vem com as novas alíquotas de IOF.
O trecho que foi suprimido do decreto, segundo a Fazenda, deverá ter um impacto de aproximadamente 1 bilhão de reais na arrecadação.
Integrantes do Palácio do Planalto já mandaram recados a integrantes do Centrão.
Se eles intensificarem o movimento para sustar as mudanças no IOF, o pagamento das emendas parlamentares será afetado por futuros contingenciamentos da União.
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