O senador Jorge Seif (PL-SC), em pronunciamento nesta quarta-feira (28), destacou asfraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).Segundo ele, aposentados recebem ligações com ameaças de bloqueio de benefícios caso não aceitem contratar cartões de crédito, planos funerários e até clubes de serviço.
— A estimativa inicial era de R$ 6 bilhões. Depois, uma nova estimativa de R$ 20 bilhões. Já existe conta de que chegam a R$ 200 bilhões os descontos indevidos dos aposentados. E os números são absurdos: 97% dos aposentados que foram consultados não autorizaram nenhum desconto — disse.
Seif também questionou a atuação da Polícia Federal na investigação do caso. Ele informou que, das mais de 40 associações com acordo com o INSS, apenas 11 estão sendo investigadas. Para o senador, os maiores responsáveis pelos prejuízos ficaram de fora das apurações. Ele mencionou, inclusive, uma entidade ligada a um irmão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, não está na lista de investigadas. O senador anunciou que participará como membro titular da CPMI que investigará as fraudes no INSS.
— O meu compromisso é que estaremos nessa CPMI, como membros titulares, para defender os nossos aposentados, porque alguns se flagram e não aceitam aquela pressão, desligam até na cara.
O senador criticou ainda a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e afirmou que ela está isolada dentro do governo. Ele alegou que projetos de infraestrutura, como rodovias e linhas de transmissão, não avançam por conta da gestão ambiental.
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