Palestras para estudantes, emissão de documentos, reconhecimentos espontâneos de paternidade foram algumas das ações da Caravana, que segue nesta quarta-feira (28)
Mais de 150 pessoas foram contempladas em 637 atendimentos no primeiro dia da Caravana de Direitos Humanos no distrito de Jiquiriçá, em Valença, nesta terça-feira (27). O território, composto por comunidades quilombolas e rurais, teve a oportunidade de acessar serviços públicos nas áreas da Justiça, Saúde, Assistência Social e Educação. As ações, sediadas no Colégio Estadual Quilombola Bernardo Bispo dos Santos, seguem nesta quarta-feira (28).
Outros serviços tiveram destaque na Caravana: emissão da Carteira de Identidade Nacional (125), atendimentos de Saúde (86), atendimentos no Procon (43), emissões de certidão de nascimento/casamento (55) e Passe Livre Intermunicipal para Pessoas com Deficiência (20). Orientações, acolhimentos e encaminhamentos para o público 60+, jovem e LGBTQIAPN+ ficaram por conta da Coordenação da Pessoa Idosa, da Coordenação de Políticas para as Juventudes e do Centro de Promoção e Defesa aos Direitos LGBT (CPDD).
A abertura da Caravana em Jiquiriçá contou com uma apresentação musical de uma banda instrumental, composta por jovens da comunidade do Cruzeiro, regida pelo jovem maestro Dhon Alejandro. Estudante do Colégio Estadual Quilombola Bernardo Bispo dos Santos, Dhon vem ensinando música clássica para jovens de seu território, por iniciativa própria, desde os 13 anos de idade. “A música traz uma alegria diferente, uma alegria plena”, declarou Dhon, emocionado.
“A Bahia é o estado que mais tem comunidades tradicionais — indígenas, quilombolas, de fundo e fecho de pasto, então essa é uma demanda importantíssima. E a construção da Caravana passa por um amplo diálogo com as lideranças locais e parceiros institucionais, para que ação seja construída da melhor forma possível”, afirmou a superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos Trícia Calmon, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, em sua fala no ato de abertura da Caravana. “A gente tem priorizado fazer as Caravanas nas escolas, como esse lugar que acolhe a comunidade. Cada território tem sua especificidade e a Caravana se adapta para atender essas singularidades. Onde for preciso chegar, a gente chega”, concluiu Trícia.
O diretor da escola que está recebendo a Caravana, professor Ademário Oliveira, trouxe um pouco do contexto histórico e político das comunidades quilombolas de Valença em sua saudação de boas vindas. “Essa é uma escola de quilombo, essa é uma escola quilombola, de portas abertas para a sua comunidade, estudando e refletindo cada vez mais sobre ancestralidade, e faz com que a gente possa ter uma consciência ainda mais reforçada daquilo que nós somos e daquilo que nós queremos ser”, afirmou Ademário.
A Caravana de Direitos Humanos é uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, em parceria com entes públicos e organizações da sociedade civil, para levar educação em direitos humanos, serviços públicos e cidadania para populações vulnerabilizadas no Estado. Participam desta edição o Ministério Público da Bahia, o Tribunal de Justiça da Bahia, o Instituto de Identificação Pedro Mello, da Secretaria de Segurança Pública, o SineBahia, da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Valença, a Secretaria Municipal de Saúde de Valença e a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A Caravana de Direitos Humanos tem o apoio institucional de outras secretarias estaduais: Secretaria de Educação, Secretaria de Relações Institucionais e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais. A Caravana conta com gestão operacional da Fundação Luís Eduardo Magalhães - FLEM.
Fonte: Ascom/SJDH
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