A decisão segue o modelo que será aplicado a Mundial masculino, já em 2026.
A Fifa anunciou, nesta sexta-feira (9), que o número de seleções que disputam a Copa do Mundo feminina vai subir de 32 para 48 a partir da edição de 2031 do torneio.
A decisão segue o modelo que será aplicado a Mundial masculino, já em 2026, e foi tomada por unanimidade durante Conselho da entidade máxima do futebol.
A Copa feminina de 2027, que terá o Brasil como sede, será, portanto, a última disputada com 32 equipes. Com o novo formato, o torneio terá 12 grupos e o número total de partidas aumentará de 64 para 104. A sede de 2031 ainda não foi definida.
"Não se trata apenas de ter mais 16 equipes jogando na Copa do Mundo Feminina da Fifa, mas de dar os próximos passos em relação ao futebol feminino em geral, garantindo que mais associações-membro da Fifa tenham a oportunidade de se beneficiar do torneio para desenvolver suas estruturas de futebol feminino de um ponto de vista holístico", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
A entidade tem ampliado sua atenção à seleções femininas, especialmente depois da visibilidade conseguida pela Copa do Mundo de 2023. Foi a primeira vez em que equipes todas as confederações venceram ao menos uma partida e equipes de cinco confederações diferentes alcançaram a fase eliminatória.
Ainda no âmbito de apoio às mulheres do futebol, o Conselho da Fifa também aprovou a "Estratégia de Ação para o Futebol Feminino Afegão", que prevê a criação da seleção feminina afegã de refugiados e confere à administração da Fifa o mandato de organizar e facilitar suas operações para que inicie suas atividades o mais breve possível.
"Esta é uma iniciativa histórica", afirmou Infantino. "A Fifa está comprometida em dar a todas as meninas a oportunidade de jogar futebol."
Combate ao racismo
Outro pauta debatida pelo Conselho foi o racismo no futebol. Por unanimidade, os conselheiros da Fifa aprovaram a edição revisada do Código Disciplinar na entidade, ao qual foram incluídas novas medidos de combate à discriminação dentro e fora de campo.
"O Código Disciplinar revisado representa uma mudança radical no objetivo da Fifa de aprimorar sua estrutura regulatória para processar e sancionar discriminação e abuso racista em cooperação com nossas 211 associações-membro", comentou Infantino.
Uma das mudanças é a definição de 5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 34 milhões) como multa máxima como punição para atos racistas. O texto também específica que jogadores e árbitros devem ajudar a identificar infratores.
Confira abaixo as alterações:
- O procedimento antidiscriminação de três etapas foi incluído no artigo 15, que foi expandido para abordar especificamente a questão do racismo, e todas as confederações e associações-membro (AMs) serão obrigadas a aplicá-lo;
- Aumento de multas por abuso racista: a multa máxima a ser imposta em casos de abuso racista aumentou significativamente, com o limite agora definido em 5 milhões de francos suíços (R$ 34 milhões);
- Responsabilidade em casos de abuso racista: jogadores e árbitros podem ajudar a identificar indivíduos que cometem abuso racista para facilitar as ações necessárias, incluindo a remoção dos perpetradores do estádio;
- Códigos disciplinares das associações-membro da Fifa: as AMs serão obrigadas a adaptar suas disposições disciplinares para alinhá-las aos princípios gerais do Código Disciplinar;
- Direito da Fifa de apelar e intervir em casos que envolvam abuso racista: a Fifa reserva-se o direito de interpor recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra decisões em casos de abuso racista, bem como de intervir em casos em que não haja ação suficiente por parte da AM relevante.
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