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ONG Ação Educativa lança edital para projetos de igualdade de gênero

Propostas aprovadas vão integrar banco público de planos de aula

28/04/2025 às 19h29 Atualizada em 28/04/2025 às 21h45
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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© Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com o objetivo de promover a igualdade de gênero na educação básica nas instituições de ensino públicas e privadas, a organização não governamental (ONG) Ação Educativa lançou nesta segunda-feira (28) a quarta edição do edital Igualdade de Gênero nas Escolas: Fortalecendo Novas Narrativas a partir da Cultura. As inscrições vão até 30 de maio .

Segundo a coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa, Barbara Lopes, a intenção é “responder aos crescentes desafios enfrentados por educadoras e educadores que atuam com temas de gênero, raça e diversidade sexual no ambiente escolar, especialmente diante de tentativas de censura, intimidação e disseminação de desinformação por parte de movimentos ultraconservadores”.

Conforme o edital, serão selecionados educadores, coletivos, movimentos sociais, universidades, entre outros, cujas propostas poderão ser implementadas em escolas, creches ou outros espaços educativos.

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As propostas aprovadas vão integrar um banco público de planos de aula, que ficará disponível no site www.generoeeducacao.org.br . As dez iniciativas mais criativas receberão declaração de reconhecimento público, certificado e um vale-livros no valor de até R$ 600 da Livraria Africanidades.

“A consistência, diversidade e criatividade das propostas pedagógicas que compõem nosso banco mostram o quanto nossas comunidades educativas estão comprometidas com a justiça social”, pontua Bárbara Lopes. “As políticas educacionais precisam estar à altura dessas comunidades, com medidas de proteção à liberdade de ensinar e de aprender e de valorização docente.”

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O projeto do edital, conforme a Ação Educativa, busca combater estereótipos e promover uma educação inclusiva, diversa e plural, que vai ao encontro dos marcos legais e os princípios da liberdade de cátedra, da pluralidade pedagógica e da promoção dos direitos humanos.

A iniciativa da Ação Educativa se justifica diante dos números. Conforme os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2023), o país registrou mais de 2 mil feminicídios nos dois últimos anos, assim como o aumento da violência contra pessoas LGBTQIAPN+.

No campo da educação, a entidade ressalta que estudos do coletivo Professores contra o Escola sem Partido (PCESP) e da Frente Nacional Escola Sem Mordaça apontaram um aumento de iniciativas legislativas para restringir o debate de gênero nas escolas, em desrespeito à própria Constituição Federal e a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

O lançamento do edital pela Ação Educativa conta com a parceria de outras instituições, assim como o Fundo Malala. Mais informações sobre o edital e as inscrições podem ser obtidas aqui .

*Com informações do repórter Guilherme Jeronymo.

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