Em fevereiro de 2025, o apresentador Celso Portiolli iniciou uma ação judicial contra o Facebook, alegando que sua imagem foi utilizada indevidamente em anúncios fraudulentos. O processo, registrado no Tribunal de Justiça de São Paulo, destaca que vídeos manipulados com a voz e imagem do apresentador foram usados para enganar usuários da plataforma, solicitando doações para uma causa fictícia.
Os anúncios, publicados por uma página intitulada “Espalhando o Bem”, incluíam um vídeo editado que simulava Portiolli pedindo ajuda financeira para o tratamento de uma criança fictícia chamada Gabriel, supostamente diagnosticada com leucemia. A gravação apelava emocionalmente aos espectadores, incentivando doações de qualquer valor.
Os vídeos fraudulentos utilizaram tecnologia de inteligência artificial para manipular a voz de Portiolli, criando uma mensagem convincente e emocional. A defesa do apresentador argumenta que, apesar das tentativas de contato com o Facebook para a remoção do conteúdo, a plataforma não tomou medidas imediatas para suspender a atividade fraudulenta.
Nos comentários dos anúncios, muitos fãs de Portiolli expressaram a intenção de ajudar financeiramente, acreditando na veracidade do vídeo. Isso destaca a eficácia da manipulação e a necessidade de maior vigilância por parte das plataformas de mídia social.
Em resposta à ação, o Facebook informou que o perfil responsável pelos anúncios já havia sido removido. A empresa destacou que possui sistemas automatizados para detectar conteúdos suspeitos e ferramentas para que os usuários denunciem publicações fraudulentas. No entanto, para novas remoções, o Facebook solicitou que o Judiciário forneça os links exatos dos conteúdos a serem retirados.
O Facebook também afirmou que, como provedor de aplicações, está comprometido em executar decisões judiciais, mas precisa de informações precisas para agir de forma eficaz.
Celso Portiolli busca na Justiça o fornecimento de dados das pessoas responsáveis pela propaganda enganosa, além do pagamento de honorários advocatícios e uma indenização de R$ 20 mil. A juíza Thaís da Silva Porto está encarregada de analisar o caso, e Portiolli tem até o dia 17 de abril para se manifestar.
O caso destaca a importância de uma regulamentação mais rigorosa sobre o uso de imagens e vozes em plataformas digitais, bem como a necessidade de sistemas mais eficazes para prevenir fraudes online. Até a última atualização, o Facebook não havia respondido aos pedidos de esclarecimento sobre o caso.
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