Novo reforço do Timbu revelou que ex-centroavante é uma referência para os atacantes; ídolo alvirrubro se recupera de um AVC.
O atacante Kelvin não escondeu a admiração que tem pelo ex-centroavante do Náutico, Kuki, que atualmente está internado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, na última segunda-feira. Não só pelos “gols reais” que o baixinho fazia na época em que atuava no Timbu, mas também pelos “virtuais”, quando o camisa 11 era peça importante do time comandado pelo reforço alvirrubro no mundo tecnológico.
“Eu acompanho o Náutico desde que me conheço por gente. Não sou um torcedor do clube, sou de Curitiba, mas, desde que comecei a jogar futebol, o Náutico já tinha história. Quando cheguei aqui, encontrei Kuki, que eu via na televisão. Ainda não tive contato direto com ele, só o cumprimentei. Não conversamos ainda porque foi muito rápido. Mas conheço ele desde que era pequeno”, iniciou, antes de revelar como a relação indireta começou.
“Antigamente tinha um jogo de computador chamado ‘Brasfoot’ (série de jogos de gerenciamento de clubes de futebol) e a gente tinha de comprar os jogadores. Você olhava a artilharia e tinha Kuki entre os primeiros. Então eu sempre o comprava. Depois eu comecei a assistir aos jogos pela televisão e o vi fazendo gols. Ele é uma referência para todos. Para nós, que somos atacantes, temos de estar o mais próximo possível dele”, completou.
Kuki segue internado na UTI Neurológica do Real Hospital Português (RHP). Ele apresenta quadro clínico estável, está consciente, orientado e sem intercorrências. Já iniciou o processo de reabilitação pós-AVC, incluindo os primeiros exercícios de caminhada dentro da unidade.
Experiência
Aos 31 anos, Kelvin tem passagens por clubes como Vasco, Botafogo, Avaí, Remo, Volta Redonda, Coritiba, Fluminense, São Paulo, Palmeiras, Vila Nova e Paraná. Fora do Brasil, atuou por Rio Ave e o Porto, ambos de Portugal, além do Ryukyu Okinawa, do Japão. Segundo o atleta, o momento atual do Náutico é o de “extremos” na carreira.
“Eu cheguei naquela fase do ‘tudo ou nada’. Tenho 31, indo do meio para o final da minha carreira. Tenho minha filha, meus familiares que sempre me apoiaram. Venho ultimamente batendo um pouco a cabeça nos clubes. No Volta Redonda eu fui bem, joguei a maioria dos jogos, infelizmente não renovei lá por questões contratuais, mas eu já estava com esse pensamento de tudo ou nada. Chego aqui da mesma forma, com o pensamento de subir de divisão e continuar no Náutico. Eu fiz questão de vir para cá porque quero seguir aqui por um longo tempo. Não quero só passar aqui: quero fazer história no Náutico”, declarou.
Características
Kelvin chega para aumentar o leque de opções no setor ofensivo do Náutico e destacou as características que podem ajudá-lo a ganhar um espaço no time.
“Eu sou um ponta. Fui improvisado algumas vezes ali de segunda atacante, como um meia também, mas fiz a minha a maior parte da minha carreira nas pontas. Sou um jogador de velocidade, habilidade. Procuro sempre o melhor ali para meus companheiros ou para concluir a gol”, observou.
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