Sábado, 19 de Abril de 2025
19°

Tempo nublado

Caruaru, PE

Economia Negócios

Biomedicina na UniFECAF aborda áreas emergentes

O curso de Biomedicina do Centro Universitário UniFECAF tem buscado se adaptar às transformações do setor, incorporando novas áreas de atuação. Com...

17/04/2025 às 15h15
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Compartilhe:

A formação em Biomedicina no Brasil tem passado por mudanças significativas nas últimas décadas. Impulsionada pelo avanço da biotecnologia, da inteligência artificial (IA) e da medicina personalizada, a área vem ampliando seu escopo de atuação para além dos laboratórios clínicos. Instituições de ensino superior, como a UniFECAF, têm ajustado seus currículos para contemplar novas habilitações profissionais, ainda pouco conhecidas, mas com crescente demanda no mercado.

De acordo com o manual do biomédico, feito pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), o Brasil conta com mais de 100 mil biomédicos registrados. Esse número tende a aumentar à medida que surgem novas possibilidades de atuação, especialmente em áreas que exigem alta qualificação técnica e constante atualização científica.

"A expansão da biomedicina acompanha mudanças nos sistemas de saúde, nas formas de diagnóstico e nas demandas sociais relacionadas à prevenção de doenças e à qualidade de vida. Ao mesmo tempo, a área se conecta com setores como justiça, estética e reprodução humana, exigindo profissionais com formação multidisciplinar", afirma a coordenadora do curso de Biomedicina da UniFECAF, Juliana Pachioni.

Continua após a publicidade
Anúncio

Crescimento da profissão do biomédico

Nos últimos anos, a atuação do biomédico tem se expandido, impulsionada pelo avanço tecnológico e pelas demandas do mercado. Algumas habilitações vêm ganhando destaque, atraindo profissionais em busca de novas oportunidades fora do ambiente laboratorial tradicional.

Continua após a publicidade
Anúncio
Biomedicina Estética

Essa habilitação permite ao biomédico realizar procedimentos como aplicação de toxina botulínica, preenchimentos faciais e harmonização facial. A atuação exige formação específica e registro profissional, sendo uma opção para quem deseja atuar em consultórios próprios ou clínicas especializadas.

Perícia Criminal

O profissional habilitado pode trabalhar em laboratórios forenses, realizando exames toxicológicos, análises de DNA, identificação de substâncias químicas e interpretação de amostras biológicas. Essa atuação ocorre, geralmente, em parceria com instituições como a Polícia Federal, a Polícia Civil e os institutos de criminalística.

Reprodução Humana Assistida


Com o crescimento das técnicas de fertilização in vitro (FIV), biomédicos têm ocupado funções nas etapas laboratoriais da reprodução assistida, como manipulação de gametas, cultivo de embriões e acompanhamento dos processos reprodutivos. A habilitação exige formação técnica específica e trabalho conjunto com equipes multidisciplinares.

Formação e regulamentação

Criado em 1966, o curso de Biomedicina tem duração média de quatro anos e é regulamentado pelas Leis Federais nº 6.684/79 e nº 7.017/82. A formação inclui disciplinas teóricas, atividades práticas em laboratório e estágios supervisionados.

A grade curricular contempla áreas como:

  • Ciências básicas: anatomia, bioquímica, genética, microbiologia, patologia, hematologia, farmacologia, fisiologia e imunologia;

  • Ciências aplicadas: biotecnologia, parasitologia, diagnóstico por imagem e saúde pública;

  • Gestão: administração laboratorial, controle de qualidade e biossegurança.

Tendências e desafios

A biomedicina tem se inserido de forma crescente em campos inovadores, acompanhando de perto o avanço das tecnologias médicas.

Biomédicos têm encontrado oportunidades em:

  • Laboratórios de análises clínicas

  • Indústrias farmacêuticas

  • Institutos de pesquisa

  • Serviços de diagnóstico por imagem

  • Unidades de saúde pública e vigilância epidemiológica

Adaptação das instituições de ensino

Diante da complexidade crescente das demandas profissionais, instituições de ensino têm reformulado suas metodologias. 

Juliana Pachioni destaca. “Com a expansão de áreas não convencionais, o curso deixa de ser associado exclusivamente à rotina laboratorial e passa a ocupar novos espaços, como a estética e a perícia. As mudanças no perfil profissional exigem uma formação consistente, aliada à atualização constante frente aos avanços científicos e tecnológicos”.

A estrutura dos cursos geralmente combina teoria, prática e atividades de campo, além de laboratórios específicos, convênios com clínicas e participação em eventos científicos.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.