O Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), realiza nesta quarta-feira, 16, às 10h, a abertura da exposição “Peles Carbonizadas”, na Galeria de Arte J. Inácio, anexa à Biblioteca Pública Epiphanio Dória. A mostra, assinada pelo artista visual Bené Santana, foi contemplada nos editais da Lei Paulo Gustavo.
Com foco na luta e resistência dos povos originários, a exposição conta com quatro esculturas de parede produzidas com madeira carbonizada, que representam a mata, a fauna e os próprios povos indígenas. As obras buscam sensibilizar o público para a destruição de territórios e a violência enfrentada por essas comunidades, abordando a temática por meio de uma linguagem artística contemporânea. “Quando me refiro a peles carbonizadas, estou falando dos incêndios, intencionais ou não, que ameaçam os povos originários, violam seus territórios e forçam deslocamentos”, explica o artista.
Para a coordenadora da Galeria de Arte J. Inácio, Jane Junqueira, “a exposição é um convite à reflexão sobre como lidamos com os povos originários, os primeiros a chegar e a cuidar da nossa terra e da nossa mata. Precisamos ter consciência de que, ao não protegê-los, ao desapropriá-los, invadirmos suas terras e retirá-los de seus lugares de pertencimento, estamos, também, afastando aqueles que preservam o meio ambiente”.
Após a abertura, as obras ficarão disponíveis para visitação até o dia 30 de abril, com horário de funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.
Bené Santana
Graduado em Ciências Sociais e mestre em Artes Visuais, em 1983, realizou a sua primeira exposição individual na Galeria ACBEU, em Salvador, e, em 1986, estreou em Aracaju expondo na extinta Ludus Artes Galeria. O artista tem realizado diversas exposições individuais e coletivas, bem como conquistado importantes prêmios. Possui vários artigos publicados em diversas revistas especializadas em produção artística cultural e em anuários de arte.
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